30 de dezembro de 2010

Personagem: José da Costa Carvalho (Barão de Monte Alegre)

O posto aqui apontado fica na av. Barão de Monte Alegre, 72 em Campinas. O qual recomendo.


Aproveitando o "gancho" coloco abaixo dados sobre o barão.

Quadro do Barão, Visconde e Marquês de Monte Alegre

Primeiro barão, visconde e marquês de Monte Alegre, (nascido em Salvador, 7 de fevereiro de 1796 - faleceu em São Paulo, 18 de setembro de 1860) foi um político e magistrado brasileiro, membro da Regência Trina Permanente e primeiro-ministro do Império do Brasil de 8 de outubro de 1849 a 11 de maio de 1852.

Estudou na Universidade de Coimbra, bacharelando-se em 1819. De volta ao Brasil, foi nomeado juiz de fora em São Paulo. Elegeu-se, em 1823, deputado para a primeira Assembléia Nacional Constituinte brasileira.

Eleito Deputado pela Bahia à Assembleia Geral nas legislaturas de 1826 a 1833, em 1827 fundou o O Farol Paulistano, primeiro periódico impresso e publicado em São Paulo.

Após a abdicação de D. Pedro I, em 1831, foi eleito para a Regência Trina Permanente, com o Brigadeiro Francisco de Lima e Silva e João Bráulio Muniz.

A Regência Trina efetiva fez obra relevante, entregando a direção da política aos moderados, maioria em todo o país. Em 24 de setembro de 1834 falecera D. Pedro I e os restauradores passaram a apoiar a ala moderada, de cujas idéias mais se aproximavam, evitando assim o crescimento dos exaltados.

Com habilidade, o governo regencial foi neutralizando as maquinações dos exaltados, e procurava vencer a resistência do Senado às reformas constitucionais da Câmara. O Ato Adicional aparecia, ao cabo de longa campanha, como a grande obra da Regência, exprimindo o definitivo triunfo dos moderados.

Afastou-se depois da política alegando motivos de saúde que mal disfarçavam o seu descontentamento com a vida pública. De volta a São Paulo, foi diretor da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, de 1835 a 1836, tendo sido ainda senador por Sergipe (em 1839), Conselheiro de Estado em 1842 e, ainda em 1842, Presidente da Província de São Paulo.

Ministro do Império de 1848 a 1852, substituiu o Marquês de Olinda na Presidência do Conselho de Ministros (8 de outubro de 1849).

Foi ainda presidente da Sociedade de Estatística do Brasil e da Associação Central de Colonização do Rio de Janeiro. Agraciado com o título de Barão por decreto de 23 de agosto de 1841, depois Visconde com grandeza por decreto de 11 de setembro de 1843, e finalmente Marquês por decreto de 2 de dezembro de 1854.

A Revolução Liberal de 1842

Em 1840 imperador Pedro II assumiu o trono.

O Ministério, dominado pelos conservadores desde 23 de março de 1841, adotou medidas centralizadores que provocaram nos liberais intensa agitação. Mas, tendo levado a cabo a etapa difícil do «regresso», com a ultimação das leis de 9 de novembro e de 3 de dezembro de 1841, o Governo não pretendia perder o jogo pois tinha os melhores trunfos na mão.

Havia porém agitação, pois em maio de 1842 tomaria posse uma Câmara Liberal. Para votar as leis ainda em 1841, por três vezes o Governo prorrogara as Câmaras e paralisara as comunicações por mar, «sustando a saída dos vapores do Norte» para reter na corte os deputados. Para desmontar a máquina política dos liberais em São Paulo, afastara seu chefe, demitindo Tobias de Aguiar e, depois do curto período de Melo Alvim, nomeara José da Costa Carvalho, já Barão de Monte Alegre, rico fazendeiro identificado com os «regressistas».

As leis de 9 de novembro e de 3 de dezembro de 1841 vinham remediar os males contra os quais Diogo Antônio Feijó tanto protestara em todo o período regencial. Leis que repugnavam a um liberalismo mais exaltado, mas que visavam à ordem, o governo armado de meios para repelir a anarquia, a autoridade respeitada.

A lei 234, que exacerbou o partido liberal, recriava o Conselho de Estado, integrava o programa do «retrocesso». Tratava-se do terceiro conselho de Estado: o primeiro fora criado em 13 de novembro de 1822: fora o Conselho dos Procuradores Gerais das Províncias; o segundo, em 1823, com dez membros encarregados da Constituição. Este terceiro, extinto em 1889, completaria a obra de consolidação da monarquia, no espírito conservador.

A lei 261 de dezembro de 1841, de reforma do Código do Processo Criminal, era reacionária, amputadora dos avanços liberais do Código Penal de 1830 (monumento de reforma e modernização do poder judicial e da sociedade brasileira) e exarcebou o partido liberal. Era, porém, o complemento obrigatório da lei de 12 de maio de 1840.
O artigo Primeiro criava, no município da corte e em cada uma das províncias, um chefe de polícia (de nomeação do Imperador) com delegados e sub-delegados necessários (nomeados pelos presidentes das províncias), entre desembargadores e juizes de direito.

A reforma despojou o juiz de paz da maior parte de suas funções, reduzindo-o a atribuições notariais. Suas funções policiais mais importantes foram transferidas para os chefes de polícia e para os delegados que eram seus agentes locais.
Surgiram boatos, sobretudo no Rio, de que o governo proporia ao imperador dissolver a câmara antes mesmo da sessão de abertura para se ver livre dela e provocar a irrupção do movimento armado de que muito se falava.

A 27 de abril começaram as sessões preparatórias da Câmara e três dias mais tarde foram reconhecidos os diplomados. O Gabinete dirigiu ao imperador uma longa exposição em que historiava fraudes de toda ordem nas eleições e pedia, nos termos do artigo 101, parágrafo 5º da Constituição, dissolver a Câmara.

D. Pedro II assinou o decreto a 1 de maio de 1842. «Para que entregaram o poder a uma criança?» lamentaria 25 anos mais tarde, pois arvorava-se o Poder Moderador em órgão verificador e juiz da validade do pleito. Os ministros ´regressistas´, «não faziam senão replicar aos desmandos do ministério liberal da Maioridade, já porque perseveraram na execução de um programa longamente amadurecido de fortalecimento do poder público, de resguardo da autoridade do governo».

Na cidade paulista de Sorocaba o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar (1795-1857), que havia presidido a província em duas ocasiões (1831-1835 e 1840-1841) e era altamente popular, iniciou na manhã de 17 de maio de 1842 o movimento revolucionário que rapidamente se espalhou para outras cidades da Província e de Minas Gerais.

A Revolta em São Paulo

Foi Rafael Tobias de Aguiar aclamado presidente interino da província. Começava a revolução à qual não faltariam lances de opereta, como a regularização pelo casamento dos amores velhos e notórios de Tobias de Aguiar com a marquesa de Santos, antiga amante de D. Pedro I, de quem ele já tinha seis filhos. Tobias prestou juramento de «defender o imperador e a Constituição até a última gota de seu sangue», nomeou comandantes militares, despachou emissários, suspendeu a «lei das reformas» e declarou nulos os atos praticados em virtude dela.

Sob seu comando militar, foi constituída a chamada Coluna Libertadora, com uns 1.500 homens, para marchar até a capital paulista onde iriam depor o Presidente da Província barão de Monte Alegre. Sorocaba foi declarada a capital provisória da província, e recebeu a adesão de diversas vilas do interior como Itu, Faxina (Itapeva), Porto Feliz, Itapetininga e Capivari.

O senador e padre Diogo Antônio Feijó recebeu a notícia em Campinas e partiu para Sorocaba, «em decisão de simpática leviandade de um rapaz de 20 anos», informando os sorocabanos de sua decisão por uma Proclamação datada de 27 de maio. Hospedou-se na casa de Rafael Tobias, na companhia da marquesa. Trouxera um prelo, e começaram a escrever um jornal revolucionário, «O Paulista». A curta duração da revolta só permitiria quatro números: apenas até 16 de junho saiu o jornal, de tom arrogante, violento, com a grave ameaça de separatismo.

Mas o Barão de Monte Alegre já tinha a atenção e presteza do ministro da Guerra, José Clemente Pereira. Desde o primeiro sinal, e graças a seu sucesso na pacificação dos maranhenses, o barão de Caxias, brigadeiro Luís Alves de Lima e Silva, fora encarregado de partir para São Paulo e dar combate aos revoltosos. Parte do Rio, a bordo de um vapor, desembarcando em Santos; logo em seguida chega a São Paulo, acabando com os planos dos revoltosos de conquistar a cidade.

As escaramuças se deram nos arredores de Campinas. Comandava os rebeldes o capitão ituano Boaventura do Amaral, que foi morto no Combate da Venda Grande. A 13 de junho, em proclamação às margens do rio Barueri, Caxias já dizia que o bando fugia «espavorido e debandado». Rafael Tobias de Aguiar tentou fugir para o Rio Grande do Sul, mas foi capturado e levado ao Rio de Janeiro.

Caxias tomou Sorocaba («tomada sem glória a um inimigo que fugira»), em 20 de junho, e ali prendeu o Padre Feijó que assumira, na verdade, o exercício da «presidência» da província. Oito dias depois Caxias parte da cidade e inicia seu retorno ao Rio no dia 8 de julho, passando por Taubaté em 13 de julho.

Feijó ainda mandou uma carta a Caxias, em 14 de julho de 1842, em que dizia: «Ilmo. e Exmo. Sr. Barão de Caxias. Quem diria que em qualquer tempo o Sr. Luís Alves de Lima seria obrigado a combater o padre Feijó? Tais são as coisas do mundo... Em verdade, o vilipêndio que tem o governo feito aos Paulistas e as leis anticonstitucionais de nossa Assembléia me obrigaram a parecer sedicioso.

Eu estaria em campo com a minha espingarda se não estivesse moribundo; mas faço o que posso.» Continuava oferecendo condições para a capitulação, que Caxias jamais poderia aceitar, já que incluiam cessação de hostilidades, retirada da província do barão de Monte Alegre, que a lei das reformas ficasse suspensa, que houvesse anistia geral...

Caxias lhe respondeu na mesma data:« (...) Direi: Quando pensaria eu em algum tempo que teria que usar da força para chamar à ordem o Sr. Diogo Antônio Feijó? Tais as coisas do mundo! As ordens que recebi de S. M. o Imperador são em tudo semelhantes às que me deu o Ministro da Justiça em nome da Regência, nos dias 3 e 17 de abril de 1832, isto é, que levasse a ferro e fogo todos os grupos armados que encontrasse, e da mesma maneira que então as cumpri, as cumprirei agora. Não é com as armas na mão, Exmo. Sr., que se dirigem súplicas ao Monarca, nem com elas empunhadas admitirei a menor das condições que V. Exa. propõe na referida carta. (...)»

A defesa foi extremamente bem desenvolvida, com isso, em poucos dias Caxias já pode se dirigir a Venda Grande (exatamente onde passa hoje a Rodovia Dom Pedro, pelas imediações do Bairro São Marcos, em Campinas/SP) para reprimir os revolucionários, e vencer uma batalha importante para o desfecho da revolução no oeste paulista.

Após esta vitória das forças do poder central, a luta passou a ser pela busca dos líderes. Com uma ação repressiva de amplo alcance e efeitos drásticos, as forças sublevadas eram vencidas não só nas províncias como também na Corte, através de medidas que, suspendendo as garantias constitucionais, possibilitavam a prisão de parlamentares envolvidos, como o ex-Regente Feijó que seria finalmente preso em Sorocaba a 21 de junho de 1842.

29 de dezembro de 2010

Personagem: 1960-2010 – Cinquenta Anos se Passaram – Turma de 1960 do Instituto de Educação Carlos Gomes

Com esta publicação faço uma homenagem à todas as normalistas e que viraram professoras. Aproveito para homenagear Dayz Peixoto pelo seu trabalho de pesquisadora da história de Campinas; além é claro de outras atividades no passado.

A seguir; o material foi escrito pela própria Dayz.

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Na foto acima, estou recebendo das mãos da Professora Teresina Pares, o diploma de Professor Primário. A alegria estampada no rosto e o olhar fixo no diploma, era a realidade vivida por todos os “professorandos” naquela solenidade. No plano de fundo da foto, minhas colegas, sentadas, aguardam sua vez. Os rapazes, eram poucos, mas também estavam lá.

Na entrega dos diplomas, o ritual que todos ansiosamente aguardavam, tinha por vestimenta o simples uniforme da escola: blusa branca, saia azul, cinto de couro vermelho, sapato preto e meia branca. É de se acreditar que nessa ocasião, o logotipo da escola, bordado no bolso, sentia o pulsar mais forte do coração. O local do ritual, era o palco do Teatro Municipal Carlos Gomes, alguns anos antes de ser demolido. No auditório, os pais e toda a família grantiam os aplausos. Formatura em grande estilo.

Na foto acima e nas demais a seguir mostra o quadro que o IECG tinha por hábito fazer, com todos os alunos e alunas. Nele, na sequencia abaixo, estão também os Professores e o Diretor.

Foi um tempo especial. Nosso sentimento de juventude se equilibrava entre a alegria da busca do conhecimento, e o exercício sincero de cidadania. Estávamos em plena Democracia.

ERAM DUAS CLASSES

Para entrar na “Escola Normal”, como ainda se falava, havia o exame de seleção no final do ano, e era bastante rigoroso.

Minha classe era em sua grande maioria, formada por ex-alunas do Colégio Culto à Ciência e de outras escolas de Campinas. A outra classe, ao que parecia, era formada por alunas que vinham do curso ginasial da própria Escola.

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A partir daqui as formandas e formandos; note que todos com um semblante alegre de orgulho pelo feito conquistado.


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VISTA DO PRÉDIO - INSTITUTO DE EDUCAÇÃO CARLOS GOMES

Reproduzo aqui para facilitar a visualização o exterior, na fotografia abaixo.

O Instituto de Educação Carlos Gomes, 1958

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Por se tratar de uma fotografia do estabelecimento de ensino referente ao período a que me refiro (1958/1960) elaboro sobre ela algumas reflexões. Como segue abaixo.

Realmente, nos anos 50, o Instituto de Educação Carlos Gomes, não precisava de cercas e nem muros. Não existia violência ou interferências externas para justificar esse procedimento.

A foto tirada da esquina do antigo Cine Voga, nos possibilita a apreciação de seu entorno paisagístico. Era um paisagismo limpo, nada ofuscando a beleza e grandeza do prédio.

Distinguimos duas grandes áreas de entorno. Ao lado esquerda do prédio, estava uma parte da Praça Carlos Gomes. E à direita, lado da Rua Benjamim Constant, o grande terreno baldio, onde se destacavam os jequitibás e uma grande tamarindeira, da qual podíamos saborear os deliciosos tamarindos. Nesse terreno, foi construída anos mais tarde, a nova sede da Prefeitura Municipal de Campinas.

É bom lembrar que nesse período houve o cenário festivo do futebol brasileiro. No primeiro ano do curso, enquanto fazíamos provas na sala de aula, o Brasil jogava na Suécia, pelo título da Copa de 1958. Era impossível saber se o suor das mãos era por preocupação com as provas na classe, ou pelo resultado do jogo! De alguma forma os fogos amenizavam a ansiedade.

BREVE DESCRIÇÃO DA CIDADE NO PERÍODO AQUI RETRATADO

Além do cinema, teatro e bailes, havia as atividades culturais do CCLA – Centro de Ciências, Letras e Artes - com palestras, cursos, concertos, cinema, teatro. E ainda muitas outras formas de de entretenimento e participação. Foi nessa época de 1958 – que os artistas contemporâneos de Campinas criaram o Grupo Vanguarda, implantando uma nova estética nas artes plásticas da cidade. E era também, no CCLA, que o TEC (Teatro do Estudante de Campinas) realizava suas experimentações na arte cênica. A Galeria de Arte Aremar, localizada dentro da empresa Aremar Viagens e Turismo, à Rua Gen. Osório, colocava na vitrine as novas propostas artísticas em artes plásticas.

A UCC - Universidade Católica de Campinas, à Rua Marechal Deodoro, 1099, com suas Faculdades de Direito, Odontologia, Filosofia, Economia, entre outras, formavam as novas safras de Professores secundaristas, Advogados, Dentistas, Economistas.


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Demolição da Igreja do Rosário. Foto do Centro de Memória da UNICAMP.

Bem, nos anos de 1950, Campinas passava por muitas transformações. Suas feições centrais eram desfiguradas. A grande vítima da década foi sem dúvida a Igreja do Rosário. Com sua demolição, confirmava-se um certo destino trágico na história da cidade: as demolições de seus ícones arquitetônicos, paisagísticos e históricos. Os espaçso vazios deixados pelas demolições ficaram como lacunas na identidade campineira.

A grande vítima, 10 anos depois, em 1966, foi o Teatro Municipal Carlos Gomes. Sua demolição nunca justificada, ganhou o sentido de nova tragédia na cultura campineira, a mais lembrada. E outras demolições viriam, como o Solar dos Alves, na Av. Francisco Glicério, esquina de Rua Barreto Leme, entre outras edificações, que deram lugar a prédios de vários andares.

No final da década de 50, iniciou-se a verticalização desenfreada na paisagem urbana central. Era um prédio novo que surgia, um após outro, e de repente, vários aos mesmo tempo. Campinas foi tomad por uma febre de construção de prédios. Em 1966, o documentário “Um Pedreiro”, que dirigi para o Cine-Clube Universitário, mostra esse aspecto da cidade.

Se em 1956, era possível, do alto da Av. Andrade Neves, contar o número de novos prédios que surgiam, nos anos seguintes, a quantidade de prédios havia aumentado, a contá-los tornava-se impossível, porque uns cobriam os outros.

O boom de construções, atingiu os bairros e Campinas cresceu em seu diâmetro.

Campinas 1956 - Fot Quirino Mariano Peixoto

A região da Torre do Castelo, que foi o primeiro lugar de Campinas que conheci, era em 1956, um bairro novo, ainda praticamente sem construções, e as ruas, de terra. Na esquin da Rua Oliveira Cardoso, esquina com o balão da Torre do Castelo, ficava o ponto final do bonde 10.

Das janelas da Torre do Castelo as fotografias acima (de 1956) e abaixo mostram as transformações. São fotos de meu arquivo pessoal e do fotógrafo amador, Quirino Mariano Peixoto.

A casa da esquina da Av. Andrade Neves com Rua Orlando Carpino não havia sido construída. Ela vai aparecer na foto abaixo, de 1960.


Campinas 1960 - Fot Quirino Mariano Peixoto

Abaixo em 1959, ainda foto de meu arquivo pessoal e do fotógrafo amador, Quirino Mariano Peixoto.Campinas. À 1959, à esquerda do espectador, o Solar dos Alves, demolido nos anos 60.


Av Fco Glicerio vista do Solar dos Alves_casarao a esquerda Fot Quirino Mariano Peixoto

CAMPINAS EM PRETO E BRANCO ("pb")


Campinas sempre foi profícua em suas atividades fotográficas. É bom lembrar que aqui se realizou as primeiras experiências de descoberta da fotografia, em 1832, por Hércules Florence.

Nos anos 50, a foto “pb” fazia parte do glamour campineiro. O Foto-Cine-Clube de Campinas, no CCLA, se encarregava de estimular a criação de novas experiências no processo de criação, enquanto profissionais e amadores realizavam suas fotos, sendo que muitas delas podem ser consideras hoje, como registros da história de Campinas.

Época da fotografia “pb” - Os fotógrafos em ação, abaixo; Campinas 1960, Largo do Rosário. Formatura NPOR; foto do meu acervo pessoal.


fotografos_1960

Dayz autografando seu livro

Dayz Peixoto autografando um de seus livros.

Aproveitando para homenagear Dayz Peixto, coloco aqui alguns dados sobre a mesma.

Veio para Campinas, com a família, em 1956; morava em Ribeirão Preto. Completou o curso ginasial no Colégio Culto à Ciência em 1957. Em seguida, estudou no Instituto de Educação Carlos Gomes, conforme relato acima. De 1960 a 1964, cursou Filosofia na Universidade Católica de Campinas.

De 1959 a 1987, trabalhou na Prefeitura Municipal de Campinas. De 1973-78, integrou-se à equipe que implantou o Ensino de Primeiro Grau na rede municipal de ensino de Campinas.

A partir de 1978 foi destacada para participar da implantação do Museu da Imagem e do Som, órgão da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de Campinas. No MIS permaneceu por mais de 9 anos, como coordenadora, quando se aposentou.

De 1992 a 1998, dedicou-se ao Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA), tendo sido sua presidente por duas gestões.

Considera que sua formação de educadora sempre influiu em suas ações, no plano da criação estética ou de gestão cultural.

Assim é Dayz Peixoto Fonseca.

28 de dezembro de 2010

Curiosidades: Lei de Criação da UNICAMP

Neste 28 de dezembro faço a homenagem.

No documento abaixo a íntegra da lei que criou a UNICAMP; sendo assim o começo de tudo, desta que é hoje uma potência no setor de ensino e pesquisa.

Apesar de não nada a haver com o assunto; tal documento passou pelas mãos do professor Annibal Freitas; pode-se ver a assinatura dele na capa.







27 de dezembro de 2010

Curiosidades: Jornal Estudantil (do Colégio Culto à Ciência) de Dezembro de 1951

Aos saudosistas de plantão e principalmente àqueles que estudaram no “Colégio Culto à Ciência”, como eu; segue abaixo uma publicação de dezembro de 1951; ou seja a exatos 59 anos passados.

Caso queira ver com mais detalhes, clique sobre a imagem; ao "abrir nova janela", clique novamente sobre a mesma.








26 de dezembro de 2010

Memória Escrita: Biografia em vida de Bento Quirino dos Santos

Neste 26 de dezembro; decorre a data de falecimento de Bento Quirino dos Santos ocorrido em 1914. Abaixo material sacado de livro publicado em 1900 e assim a biografia relata o mesmo em vida. Contando um pouco de sua grande benemerência por Campinas.