10 de agosto de 2008

Personagem: Alcides Carvalho

Alcides e sua grande paixão; o café.



Completando sua biografia acima; escrita em 1973, temos que:
Emérito pesquisador, liderou, a partir da década de 1940, a continuidade do programa pioneiro de melhoramento genético. Em 1935 recém formado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) , em Piracicaba, São Paulo, foi convidado para trabalhar no IAC (Instituto Agronômico de Campinas) onde começou a colaborar no "Plano geral de estudos do cafeeiro".

Na época tudo parecia muito utópico, porque justamente em 1932/33 o Brasil não sabia o que fazer com o enorme volume de café armazenado, e milhares de sacas eram queimadas.

Quando Alcides se integrou ao IAC, em 1935, a seção de Genética estava sendo organizada e começava-se a estudar métodos de melhoramento que pudessem ser utilizados no cafeeiro.
A base do trabalho era pesquisar a citologia, a genética, a reprodução e a evolução das variedades para possibilitar que o Brasil produzisse linhagens mais competitivas no mercado internacional.

Praticamente todos os cultivares plantados atualmente no Brasil tiveram origem na Seção de Genética do IAC, de que esse pesquisador foi chefe de 1948 a 1981. A finalidade precípua do Instituto era conseguir linhagens mais produtivas, para que o Brasil pudesse competir no mercado internacional. Todo o material coletado, tanto de variedades como de espécies de café, foi sendo conservado em coleção, no banco de germoplasma, mantido atualmente em Campinas, um dos mais completos do mundo.
Dos 80 anos de sua vida (1913-1993), Alcides dedicou mais de 50 ao trabalho no IAC, uma atividade que ele considerava, acima de tudo, empolgante.
O reconhecimento veio em forma de prêmios. Doutor honoris causa pela Esalq, Alcides também recebeu o Prêmio Nacional de Ciência e Tecnologia em 1982 e foi considerado "servidor emérito" pelo governo de São Paulo.

Alcides Carvalho faleceu em 1993.

3 comentários:

Jorge Bettencourt disse...

O signatário, Aníbal Jardim Bettencourt, português, nascido na capital da colónia de Moçambique, entrou em cotacto pela primeira vez com Alcides Carvalho em !957 quando trabalhava com o café Coffea racemosa Lour na região arenosa de Inhambane.
Em 1967, quando então trabalhava no Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro, em Oeiras, Portugal, deslocou-se ao IAC,
Campinas, por 4 meses, como bolseiro do Instituto Nacional de Cultura, Portugal, e do CNPq, Brasil.
O conhecimento pessoal de Alcides fez iniciar uma forte amizade e apertada colaboração na área do melhoramento genético do Arábica de de híbridos Arábicax Robursta (Híbrdo de Timor) entre os dois
que só se extinguiu em 1993.
Entrtanto, depois de 1967, deslocou-se várias veses a Santa Elisa, IAC, enquanto prestava assessoria á Universidade Federal de Viçosa, MG.e ao IBC por um ano e meio.
Depois disso prestou assessoria ao PROMECAFÉ em Turrialba, e nos outros países da América Central (8 países) do México ao Panamá e República Dominicana.
Em 1999 o signatário foi homenageado com o Doutor Alcides Carvalho, a título póstumo, pelo III SIBAC,em Londrina, Paraná, e pela Federacción de Cafetaleros de Colombia.
O signatário refere-se a essa amizade em dois artigos ou textos 9 e 10, do seu blogue-http://1ajbettencourt.blos.sapo. pt- ou em operadora Google-anibal jardim bettencourt-.

Jorge Bettencourt disse...

Ex.mo Senhor:
Eu encontrei este blogue procurando na Google -alcides Carvalho-.
Fiquei muito feliz por isso e do os meus parabens ao seu autor pela brilhante ideia de recordar tão renomado cientista a nível do Planeta.
Cordiais saudações

Aníbal Jardim Bettencourt

Anônimo disse...

O signatário chama a atenção para os textos 18 e 19 (um amigo inesquecível) do blogue--http://1ajbettencourt.blogs.sapo.pt--

Aníbal Jardim Bettencourt