31 de agosto de 2007

Livros x História de Campinas: 8 Bananas por Um Tostão

De minha biblioteca particular. Livro (126 páginas) do Jornalista e Historiador, Benedito Barbosa Pupo, publicado pela Editora Palmeira, Campinas, 1976.


29 de agosto de 2007

Personagem: Rogério Verzignasse

Rogério Verzignasse, nasceu em Americana, São Paulo; em 25 de outubro 1965, tendo como pai José Nazato Verzignasse e mãe Tereza Palermo Verzignasse.

Casado com Valéria, tendo dois Maria Clara e João Pedro.

Estudou e foi alfabetizado no Sesi (do qual muito se orgulha), fez colégio no Polivalente, sempre em Americana, São Paulo), e curso superior (Jornalismo, na PUC-Campinas, de 1985 a 1988).

Começou a carreira no Diário do Povo em fins de 1988. Foi repórter do caderno Cidades,

Contratado pelo Correio em 1990, foi repórter nos cadernos de Economia e Esportes, correspondente do jornal em Americana, chefe de reportagem, repórter especial, subeditor de política, editor da capa.

Em 1999 sofreu grave acidente de trânsito, voltou para ser repórter especial. Atualmente, além das matérias corriqueiras de um jornal, tem uma coluna semanal, Baú de Histórias (que sai todo domingo) para tratar do resgate de capítulos e personalidades de Campinas e região. E também escreve crônica aos sábados no Caderno C; tudo isto no jornal diário Correio Popular, da Rede Anhangüera de Comunicações, de Campinas.

Atualmente é um dos grandes incentivadores da história de Campinas e região, conforme pode ser visto acima; com este seu excelente trabalho de pesquisa histórica.

28 de agosto de 2007

Memória Fotográfica: Igreja do Rosário

Singular foto da década de 1950, mostrando a extinta Igreja do Rosário em relação à av. Francisco Glicério, vendo-se bem ao fundo da foto o largo da Catedral e os edifícios que foram construído ao seu lado. A Igreja foi demolida em função deste nivelamento. A foto demonstra um dia agitado no Centro da cidade.

27 de agosto de 2007

Curiosidades: Typographia Minerva

A Typographia Minerva, localizada na rua Bernardino de Campos, entre as ruas Barão de Jaguara e Francisco Glicerio, pertenceu a Aranha & Irmão e anunciava seus artigos de papelaria oferecendo um grande sortimento de papéis, envelopes, cartões, convites, lápis, mata-borrão, canetas, penas, tintas, etc.

Quanto à tipografia, oferecia também trabalhos com brevidade, nitidez e asseio: trabalhos bem acabados, tanto em impressões simples, como a duas ou mais cores. Comercializava impressos e recibos: tem sempre promptos recibos de alugueis de casas, notas de consignação das estradas de ferro, ról de roupa, blocos de papel de carta, livros para escripturação, etc.

Esta tipografia, em seus anúncios, procurava destacar mais seus trabalhos de impressão, embora comercializasse também artigos de papelaria. Como suas concorrentes, valorizava a qualidade e rapidez na entrega dos serviços, além da nitidez e perfeição dos trabalhos executados.

26 de agosto de 2007

Memória Fotográfica: Praça Carlos Gomes

Para recordar; bela foto da década de 1960, mostrando a Praça Carlos Gomes, na esquina das ruas Irmã Serafina com a General Osório, tendo na praça a estátua de Rui Barbosa e ainda o inesquecível bonde ao lado direito da foto.

24 de agosto de 2007

Livros x História de Campinas: Retratos da Velha Campinas

De minha biblioteca particular. Livro (278 páginas) do Artista Plástico e Jornalista, José de Castro Mendes, publicado pelo Departamento de Cultura de São Paulo , São Paulo, 1951.



23 de agosto de 2007

Memória Fotográfica: Ponte e a Cadeia Pública

Foto da década de 1910 mostra a ponte férrea sobre a rua Dr. Mascarenhas e ao fundo da foto vê-se a cadeia pública (localizada na av. Andrade Neves) à época.

22 de agosto de 2007

Curiosidades: Typographia Casa Genoud


A Casa Genoud foi fundada em 1876, por Pierre e Alfred Ganoud amigos e fregueses de Castro Mendes (dono da Casa Livro Azul), que lhes fornecia as caixas de papelão para chapéus.

Trabalhava também com artigos de papelaria,”livros em branco, de todas as qualidades, artigos de escriptorio, engenharia, desenho e pintura, carymbos e tipos de borracha; armarinho, perfumarias, brinquedos, objectospara presentes, bijouteria fantasia, óculos e pince-nez, artigos de óptica, bilhar e photographia; música, pianos e instrumentos, bandeiras e lanternas, homeopathia, artigos de carnaval, fogos de salão, guarda-chuvas e bengalas” (este texto foi descrito no Jornal Cidade de Campinas de 07 de dezembro de 1904) e livraria, destacando em seus anúncios um “completo sortimento de romances e livros clássicos, de medicina, jurisprudência, sciencia, litteratura, devoção, etc.”.

Alguns anúncios da Casa Genoud divulgavam somente livros publicados por editoras de São Paulo, como a Laemmert & Co. e comercializados aqui em Campinas em sua loja: “Acabam de sahir á luz e acha-se á venda em suas casas ‘Os cégos de espírito’ (commentário sobre os males que nos afligem e o futuro que nos espera) por ‘ Ernesto Barbosa Penteado’”.

Outros títulos da mesma editora também eram anunciados, em diferentes datas, mas muitas vezes não eram comercializados em Campinas; eram vendidos pelo Correio, em livrarias de São Paulo, ou na própria editora. Provavelmente, muitos livros que constavam do acervo daquelas sociedades literárias chegaram a Campinas desta forma, pelo Correio. Talvez por este motivo, houvesse tantas especificações nos anúncios quanto ao formato, acabamento, impressão e número de páginas, pois os leitores não tinham os livros à mão para manusear, para observar. De qualquer modo, a Casa Genoud anunciava um completo sortimento de romances e livros clássicos, livros de literatura, entre outros.

A Casa Genoud também possuía um salão de cabeleireiro e modas, que a Livro Azul não possuía, mas em quase tudo se assemelhava a esta, pois tinha também setores de papelaria e comércio de artigos para escritório; de vendas de pianos e instrumentos musicais; comércio e impressão de livros, revistas e material para indústria, venda de artigos importados e objetos finos para casa; enfim, disputavam o público em todo tipo de impressão e comércio de artigos relacionados à escrita.

21 de agosto de 2007

Livros x História de Campinas: Percursos do olhar - Campinas no início do XX

De minha biblioteca particular. Livro (151 páginas) de Suzana Barretto Ribeiro, publicado pela Annablume Editora, São Paulo, 2006.


20 de agosto de 2007

Memória Fotográfica: Casa das Hortaliças

Foto de 1895 acima mostra, além do chafariz em primeiro plano, a casa das hortaliças e que depois abandonada virou casa das andorinhas. Ficava em frente da Escola Carlos Gomes, na av. Anchieta.

19 de agosto de 2007

Memória Fotográfica: PUCCAMP - Pedra Fundamental

A foto de 14 de março de 1956 mostra o lançamento da "pedra fundamental" da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP). Na foto tem-se seu fundador monsenhor Emílio José Salim em primeiro plano.

18 de agosto de 2007

Livros x História de Campinas: Testunhos do Passado Campineiro

De minha biblioteca particular. Livro (180 páginas) da Artista Plástica, Fúlvia Gonçalves, publicado pela Editora UNICAMP , Campinas, 1986.



17 de agosto de 2007

Memória Fotográfica: Maternidade de Campinas da av. Orosimbo Maia

Foto da década de 1960 e próxima a inauguração da Maternidade de Campinas na av. Orosimbo Maia. Muitos campineiros nasceram neste hospital e continuam a nascer.

Clique sobre a foto e verá ao fundo e no centro acima do edifício a torre do Castelo, no bairro de mesmo nome. Coisa hoje impossível de ver devido aos prédios que foram construídos. Veja também a chaminé da fábrica de chapéus Cury. Veja ainda que se podia enxergar ao longe e hoje somente na memória fotográfica.

16 de agosto de 2007

Curiosidades: Typographia Casa Mascotte

A Casa Mascotte pertenceu a J. Ladeira e durante muitos anos existiu na Barão de Jaguara, perto do Largo do Rosário.
Como suas concorrentes à época, muito contribuiu para o desenvolvimento das artes de impressão, editando jornais, livros e folhetos de boa qualidade e acabamento.

Também não tinha uma linha editorial definida, publicando livros conforme solicitação e encomenda de seus autores, mas ajudou a sustentar a vida cultural de Campinas, contribuindo com suas publicações para o desenvolvimento artístico, imprimia e vendia bilhetes de entrada para os espetáculos das companhias líricas nacionais e estrangeiras que se apresentavam na cidade), literário (impressão de revistas e livros) e cultural da cidade.

15 de agosto de 2007

Memória Fotográfica: rua Conceição e o progresso

O progresso chega à rua Conceição, na década de 1940. Veja logo abaixo do braço da pessoa, uma parte da igreja Matriz da Catedral. Foto cedida por Geraldo Pellegrini Filho e mostra seu avô materno (João Bernardo) que trabalhou na empresa de telefonia da época.

14 de agosto de 2007

Livros x História de Campinas: Imagens de um Sonho

De minha biblioteca particular. Livro (126 páginas) do Diretora do MIS, Sônia Aparecida Fardin, publicado pela SMCET-MIS, Campinas, 1995.



13 de agosto de 2007

Curiosidades: 1a Semana Municipal da Fotografia "Hércules Florence"

Para resgatar a memória deste ilustre morador de Campinas; estabeleceu-se oficalmente a semana da fotografia.

Clique sobre a imagem para ver mais detalhes.

Familiares de Hércules Florence no descerramento da placa, na 1a semana da fotografia, em seu túmulo no Cemitério da Saudade em Campinas.


12 de agosto de 2007

Personagem: Hércules Florence

1804 - Nice (França) - 29 de fevereiro – Nasce Antoine Hércule Romuald Florence
1807 - Mônaco (Principado de Mônaco) - Muda-se com a família para esta cidade.
1818 - Mônaco (Principado de Mônaco) - Trabalha como desenhista e calígrafo, recebendo encomendas das autoridades da cidade.
1822 - Nice (França) - Parte para esta cidade e se apresenta ao Cônsul francês com o intuito de alistar-se na marinha imperial. Consegue permissão para embarcar como passageiro na galeota francesa La Torche que segue para a cidade de Toulon
1823 - Toulon (França) - A bordo do navio Marie Thérèze, toma parte na batalha de Bloqueio a Barcelona, que precedeu a rendição de Cádiz, ocorrida em agosto deste mesmo ano. Trabalha a bordo como copista de plantas das fortificações espanholas
1823 - Toulon (França) - A fragata permanece ancorada por aproximadamente quatro meses preparando-se para uma nova viagem. Durante este período Hércules realiza exercícios de desenho e alguns retratos
1824 - Rio de Janeiro RJ - Chega a cidade a bordo do navio Marie Thérèze emprega-se como caixeiro numa casa comercial especializada em roupas, do francês Pierre Dillon, antigo secretário da Missão Artística de Joachim Le Breton.
1825 - Rio de Janeiro RJ - Trabalha por aproximadamente quatro meses na livraria e tipografia do francês Pierre Plancher sendo responsável pela execução de diversas litografias
1825 - Rio de Janeiro RJ - Integra, como segundo desenhista, a expedição científica de Georg Heinrich von Langsdorff.
1825 - Rio de Janeiro RJ - Em 3 de setembro parte a bordo da sumaca Aurora, juntamente com Langsdorff, Adrien Taunay, o astrônomo e oficial da marinha russa Nester Gavrilovich Rubtsov, o zoólogo Christian Hasse e Lüdwig Riedel, tendo como destino a Vila de Santos
1825 - Vila de Santos SP - Depois de permanecer por aproximadamente 20 dias na cidade separa-se dos demais membros da expedição e segue numa piroga para Cubatão. Durante a viagem executa desenhos do litoral paulista
1825 - Itu SP - Conhece as obras do Frei Jesuíno do Monte Carmelo. Apesar de ter gostado das imagens, faz críticas severas aos painéis. Conhece também as decorações feitas por José Patrício da Silva Manso, cujo talento elogia.
1829 - Rio de Janeiro RJ - Escreve, como parte de suas Memórias, os manuscritos de seu tratado intitulado Zoophonia
1829 - Vila de São Carlos (atual Campinas) SP - Convidado por Francisco Álvares Machado e Vasconcellos, fixa residência nessa cidade.
1830 - Vila de São Carlos (atual Campinas) SP - Passa a dedicar-se aos estudos de impressão com o intuito de publicar seu tratado sobre Zoophonia e cerca de 200 desenhos executados durante a expedição. Nesse processo, descobre uma nova maneira de obter a impressão que recebeu o título de Polygraphie [Poligrafia]
1830 - Vila de São Carlos (atual Campinas) - Redige entre os meses de julho e outubro o manuscrito intitulado Etudes de Ciels, À L'usage des jeunes paysagistes
1831 - Rio de Janeiro RJ - A tipografia R. Orgier publica o manuscrito do tratado de Zoophonia intitulado, Rocherche sur la viox des animaux, ou essai d'um nouveau suject d'ètudes, offert aux amis de la nature
1832 - Rio de Janeiro RJ - Envia à França, através de Edouard Pontois (Encarregado de negócios de França), o manuscrito onde detalha os processos da polygraphie [poligrafia], acompanhado por duas provas poligrafadas
1832 - Vila de São Carlos (atual Campinas) SP - Excuta trabalhos de pintura, que ele intitula Tableaux Transparents de Jour. A inovação técnica deste trabalho consiste na execução de um grande número de furos de minúsculo diâmetro sobre o desenho original nas áreas que representariam luzes ou reflexos.na imagem pictórica. Apreciados em um local escuro com a luz solar incidindo através de um foco dirigido, apenas sobre a pintura, resulta numa projeção exata da imagem pictórica original
1832 - Vila de São Carlos (atual Campinas) SP - Descobre a Photographie [Fotografia], através de desdobramentos de suas investigações a cerca das possibilidades de fixação das imagens com base na utilização de uma câmara escura. Com o auxilio dos conhecimentos químicos do boticário Joaquim Corrêa de Mello. Os experimentos são realizados sem que fosse conseguida a plena fixação das imagens até o ano de 1839
1833 - Vila de São Carlos (atual Campinas) SP - Obtém em 20 de fevereiro, através do uso de uma câmera escura a primeira fixação de imagem em papel, utilizando o nitrato de prata
1836 - Vila de São Carlos (atual Campinas) SP - Em viagem ao Rio de Janeiro adquire uma tipografia para conseguir executar o grande número de encomendas impressas que recebia
1837 - Vila de São Carlos (atual Capinas) SP - Executa a pedido do governo um mapa itinerário da província de São Paulo, impresso através do sistema de poligrafia
1849 - Campinas SP - Redige sua biografia (manuscrito) intitulada L'Ami des Arts livre à lui-même ou Recherches et découvertes sur différents sujets nouveaux. O texto traz informações biográficas, notas e ilustrações de seus inventos
1838 - Vila de São Carlos (atual Campinas) SP - Instala no Largo da Matriz a primeira tipografia da cidade
1839 - Campinas SP - Redige em março o manuscrito intitulado De La Compression du Gaz Hydrogéne, apliquée à la direction des aérostats
1839 - Itu SP - Toma conhecimento através de matéria publicada no Jornal do Comércio da cidade do Rio de Janeiro, da descoberta da fotografia levada a cabo pelo francês Daguerre
1839 - Campinas SP - Redige em maio o manuscrito intitulado Sur L'impression des tableaux à huile, ou estampes coloriées
1839 - Campinas SP - Redige em junho o manuscrito intitulado Fabrication au Métier des Chapeaux du Chili, et toute espèce de chapeaux de paille
1839 - São Paulo SP - Os periódicos Phoenix (nº 175, 26/10) e o Observador Paulistano, publicam artigo onde Hercule se posiciona diante da descoberta da fotografia na Europa e reafirma o caráter inventivo de seus trabalhos referentes a polygraphie [poligrafia] e a photographie [fotografia]
1839 - Rio de Janeiro RJ - O Jornal do Comércio em sua edição de 29 de dezembro, publica as transcrições dos artigos sobre a polygraphie [poligrafia] e a photographie [fotografia], que haviam sido publicados na Phoenix e anuncia a exposição de 22 provas poligrafadas na sede do jornal carioca
1840 - Rio de Janeiro RJ - O Jornal do Comercio em 10 de fevereiro, publica carta escrita por Hercule Florence onde ele comunica a descoberta da polygraphie [poligrafia] e menciona a possibilidade de ter sido um dos descobridores da photographie [fotografia]
1841 - São Paulo SP - A tipografia Costa Silveira publica Ensaio sobre a impressão das Notas de Banco por um processo totalmente inimitável
1842 - Campinas SP - Funda juntamente com o padre Diogo Antonio Feijó, o jornal O Paulista, primeiro periódico do interior da província de São Paulo que teve curta duração (apenas 5 números)
1843 - Turim (Itália) - A Academia de Ciências e Artes de Turim, declara em sessão realizada em 8 de janeiro, que o processo de impressão de notas bancárias inimitáveis, merece a proteção do governo da Sardenha
1843 - Rio de Janeiro RJ - A Academia Imperial de Belas Artes, em sessão realizada em 22 de novembro, através de uma comissão estabelecida pela Congregação de Lentes da instituição, se pronuncia favoravelmente à descoberta do novo processo de impressão de notas inimitáveis. Compõem esta comissão Auguste-Henri-Victor Grandjean Montigny, Zepherin Ferrez e seu aluno José da Silva Santos.
1848 - Campinas SP - Desenvolve um processo de simplificação do trabalho de composição tipográfica, intitulado Typos-syllabas, que se constitui a parti da união de cada uma das consoantes com uma vogal, formando sílabas em um único tipo.
1848 - Campinas SP - Publica em sua tipografia um memorial intitulado Emprego dos Typos-syllabas.
1852 - Campinas SP - Idealiza uma sexta forma de arquitetura a qual dera o título de Ordem Brasileira ou Palmiana, baseada na utilização das palmeiras brasileiras, cuja aplicação, de acordo com o tipo da palmeira se daria na constituição de colunas, capitéis, arcadas e abóbodas Em seus apontamentos referentes ao período da expedição durante a passagem pela região da Chapada dos Guimarães MT, já cita essa idéia.
1856 - Campinas SP - Adquire a Fazenda Soledade, onde passa a se dedicar a agricultura.
1858 - Santos SP - A Thipographia Commercial, G. Delius, publica um pequeno folheto composto por 10 páginas, intitulado Invenção da Polygraphia, por Hercules Florence.
1858 - Campinas SP - Consegue aprimorar seu invento de impressões inimitáveis através da adição de um sistema que permitia a fusão de cores.
1859 - Campinas SP - Desenvolve a Estéreopintura, processo através do qual se pode obter maior fidelidade luminosa da execução de pinturas a óleo ou aquarela.
1860 - Campinas SP - Desenvolve a Pulvographia, processo que consiste na reprodução de imagens através da ação da poeira, sem a necessidade do emprego de prensa.
1860 - Campinas SP - Redige o manuscrito intitulado Cellographie.
1861 - Campinas SP - Aprimora a polygraphie [poligrafia] criando a possibilidade da sua realização sem a necessidade do emprego de uma prensa.
1862 - Campinas SP - Redige o manuscrito intitulado Les Intérêtes materiéles.
1863 - Campinas SP - Funda em 30 de novembro, juntamente com sua esposa Carolina Krug Florence, o Colégio Florence, situado na Rua José Paulino e dedicado à educação feminina. Hercule executa um desenho retratando o prédio do colégio.
1865 - São Paulo SP - Conhece Alfredo D'Escragnole Taunay, sobrinho de Adrien Taunay
1865 - Campinas SP - Redige o manuscrito intitulado Aquarrélographie
1866 - Campinas SP - Redige o manuscrito intitulado Probléme Poly-Photographique
1869 - Campinas SP - Redige o manuscrito intitulado Lavis Capillaire
1875 - Rio de Janeiro RJ - Alfredo d'Escragnolle Taunay traduz o diário de Florence Esboço da Viagem feita pelo Sr. Lagsdorff ao interior do Brasil, desde setembro de 1825 até março de 1829, publicando-o na Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, Os tomos 38 e 39 sob o título de A Expedição do Cônsul Langsdorff ao interior do Brasil, são a tradução do manuscrito que Florence deu a seu pai, Félix Emilie Taunay, durante sua visita ao Rio de janeiro no ano de 1829
1877 - Rio de Janeiro RJ - É admitido como sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil tendo apresentado trabalho intitulado Esboço da viagem feita pelo Sr. De Langsdorff no interior do Brasil, desde Setembro de 1825 até março de 1829
1879 - Campinas SP - 27 de março – Morre e é enterrado na cidade de Campinas o desenhista, pintor, fotógrafo, tipógrafo, litógrafo, professor, inventor.

Seu túmulo no Cemitério da Saudade em Campinas; quadra 14 sepultura 246.

É nome de rua em Campinas e tem seu hermas no Largo São Benedito.

11 de agosto de 2007

Personagem: Associação Atlética Ponte Preta (A.A.P.P.)

Nesta data de 11/08 publico a "biografia" do time mais velho em atividade no Brasil. Surgido em 11/08/1900.


Símbolo da Associação Atlética Ponte Preta e que sempre é seguido do lema "Tradição, Emoção e Garra".




Nome Oficial: Estádio Moisés Lucarelli

Capacidade: 19.722 inicial

Endereço: Praça Francisco Ursaia, 1900 - Jardim Proença - Campinas (SP)

Dimensões do Gramado: 107,40m 70,30m



Abaixo tem-se uma crônica do sempre competente jornalista e que traduz tudo aquilo que se pode dizer de um time, o mais velho do Brasil em atividade, e uma torcida que verás o porquê tem que se orgulhar de ser pontepretano. As fotos que recheiam a crônica foram inseridas agora nesta publicação.


"PONTE PRETA: A EMOÇÃO DO FUTEBOL

Por Rogério Verzignasse, do jornal Correio Popular publicado em 1998

Nos três anos que precederam a fundação da Ponte Preta, a cidade de Campinas era varrida pelos ventos da modernidade. E modernidade, no final dos anos de 1800, era aquela máquina esquisita - encantadora e ao mesmo tempo apavorante - que chamavam de cinematógrafo. Um jato de luz jogado na parede de uma sala escura mostrava imagens fotográficas que se moviam. Era de arrepiar. Invenção que levava campineiros às pencas ao Teatro São Carlos.



E a cidade, naqueles idos, respirava cultura. Naqueles três anos, nasceram na cidade duas novas bandas, a Carlos Gomes e a Azarias Dias de Melo. Por aqui faziam temporadas grandes companhias teatrais - como a Cunha Sales, a Fauré Nicolai e a Lírica Verdini, que apresentavam-se para a seleta platéia formada por barões do café, mulheres dos barões de café e filhos dos barões de café. Campinas era aristocracia pura. Pelo menos dentro do teatro São Carlos.

Modernidade, naquela virada de século, também era a luz elétrica que brotava de um dínamo de 20 ampéres, de corrente contínua, que iluminava a refinada Casa Livro Azul, na rua Barão de Jaguara. É, luz elétrica... A maior parte das casas campineiras - mesmo as mais sofisticadas - viviam de velas e lamparinas

A arquitetura da cidade também mudava. Em 1898 - naquele mesmo ano do cinematógrafo e da luz elétrica - os engenheiros Edmundo Kerug, Antonio Raffin e Tito Martins Ferreira decidiram colocar abaixo o prédio da velha Cadeia Pública. Ele ficava no Centro, exatamente onde hoje está o monumento-túmulo de Carlos Gomes. E os nossos ladrões de galinha - que eram os marginais ousados daquela cidade inocente – foram transferidos para a nova cadeia, no bairro Botafogo.

No ano seguinte, os trens já circulavam pelo ramal da Funilense, trazendo para o Mercado as sacas de gräos que eram colhidos lá pelas bandas do Funil (hoje Cosmópolis). As locomotivas eram o prenúncio do que estava por vir: as máquinas substituiriam as mãos.

Os meninos da Abolição

Pois nem todo campineiro andava preocupado com as óperas do teatro. Para um grupo de garotos de calças curtas, a maior trasnformação daquela virada de século era mesmo um esporte estranho que havia aportado na Capital pelas mãos de Charles Miller. Os meninos sabiam: seis anos antes daquele 1900, Miller - um filho de inglêses formado com toda pompa na Banis Court School de Southampton - já organizava na Várzea do Carmo, na rua do Gasômetro, as primeiras partidas do foot-ball association.

Em 1900, o futebol já era mania entre os paulistanos e já era praticado pelos associados de clubes como o São Paulo Athetic, o Internacional e o Germanya. No interior, só o Savoya, de Sorocaba, difundia a modalidade.

Em Campinas, aqueles meninos de calças curtas reuniram-se no começo da rua Abolição, num descampado onde anos depois seria erguida a Escola Senai. Diz a lenda - a romântica lenda - que a assembléia aconteceu sob a sombra de duas paineiras, no dia 11 de agosto de 1900. Ali decidiram fundar um clube de futebol.




Faziam parte daquele grupo os garotos Miguel do Carmo, Luiz Garibaldi Burghi, Antonio Oliveira (o Tonico Campeão), Alberto Aranha, Dante Pera, Zico Vieira e Pedro Vieira da Silva, que seria proclamado o primeiro presidente da Associação Atlética Ponte Preta.


Que os pontepretanos tirem da cabeça a imagem do Estádio Moisés Lucarelli. O Majestoso não existia nem em sonho. As primeiras partidas do association eram travadas em rapadões onde a molecada esfarelava os joelhos. Pés no chão mesmo, com direito a homéricas topadas de dedão e a chutes que deixavam as canelas repletas de manchas roxas.

A bola de couro - aquela autêntica, com câmara de ar e tudo - era um adereço desconhecido pela rapaziada. Jogava-se com bolas de meias e panos. E as traves; traves, o que é isso? - eram representadas por uma armação de bambus e ripas roubadas na construção mais próxima.

A primeira bola de verdade, inglesa, custou 10 mil réis e foi comprada em São Paulo. O dinheiro veio das mensalidades dos associados: 300 réis por cabeça. E o primeiro uniforme foi doado por um incentivador da garotada, José Giacomelli. Como o bondoso José não entendia nada de futebol que, como vimos, era um esporte completamente desconhecido no Interior, trouxe onze camisas idênticas. Esqueceu que o goleiro precisava de um uniforme diferente. Foi o mesmo benemérito Giacomelli que financiou, do próprio bolso, as primeiras redes que ornamentaram as traves (ou melhor, os bambus).

Mas a penúria que a garotada enfrentou naquele tempo näo importa. Importante é saber que aquela abençoada reunião sob as paineiras da rua Abolição fez nascer a Ponte Preta. Há 98 anos. Os amantes do futebol agradecem, emocionados.

CRONOLOGIA

1900: Um grupo de garotos, reunidos na rua Abolição, decide criar o primeiro clube de futebol de Campinas, a Ponte Preta.

1912: A Ponte conquista seu primeito título como clube amador, vencendo o campeonato da Liga Campineira de Futebol.


Veja a elegância nas poses da época.


1923: A Ponte é campeã do certame amador da Zona Paulista, organizado pela Associação Paulista de Esportes Atléticos (antecessora da atual Federação Paulista de Futebol). A Ponte recebe a Taça Rio Branco (oferecida pelo clube de Americana).

Estádio do Hipódromo
Veja o charme do convite ao confronto de 1915.

1927: A Ponte começa a mandar jogos no estádio da Avenida Júlio de Mesquista, projetado pelo engenheiro Lix da Cunha.





Preste atenção na foto atual acima e verá que ainda existe a amurada que se pode ver mas fotos de 1927. Incrível, e por sorte, mas a modernidade não destruiu algo que ficou do estádio.



A foto via satélite mostra o local, das fotos de 1927, circundado pelas ruas Guilherme da Silva, Alferes Domingos e Pedro de Magalhães, nas vizinhanças da av. Júlio de Mesquita. Clique sobre a imagem para ver mais detalhes.


1930: A Ponte perde o estádio, hipotecado, para credores.

1933: A Ponte Preta aluga o Estádio da Mogiana para disputar os campeonatos de caráter estadual.

Veja detalhe interessante; a faixa era na posição diferente que é hoje.

1944: No dia 11 de agosto, no 44º aniversário da Ponte, é lançada a pedra fundamental do Estádio Moisés Lucarelli, num terreno de 35 mil metros quadrados, adquirido e repassado ao clube pelos diretores Moisés Lucarelli, Olímpio Dias Porto e José Cantúsio. A festa tem a presença do Comendador Rodolpho Crespi, benemérito do Clube Atlético Juventus, de São Paulo.


Acima Moisés Lucarelli, José Cantúsio e Olímpio Dias Porto.

1948: O Estádio Moisés Lucarelli é inaugurado no dia 12 de outubro. A Ponte Preta é derrotada pelo XV de Piracicaba por 3 a 0.


Foto do jogo inaugural do jogo em 12 de setembro de 1948 e o primeiro gol foi de Sato (XV de Novembro).

1951: É inaugurado o sistema de iluminação do Estádio Moisés Lucarelli. A Ponte jogou contra o Internacional de Porto Alegre e perdeu por 2 a 0. No mesmo ano, a convite dos grandes clubes de São Paulo, a Ponte disputa a divisão de elite. Houve reformulação nos refletores foram reinaugurados em 1976.

As fotos abaixo mostra a torcida na década de 1950.






As faixas ainda continuam ao contrário do que é hoje.

1959: A Ponte sofre a maior goleada de sua história, caindo diante do Santos, na Vila Belmiro, por 12 a 1.


1960: a Ponte Preta faz a pior campanha entre os 18 clubes do Paulistäo. Em 34 partidas, a Ponte venceu apenas 4, empatou 9 e perdeu 21. O clube é rebaixado.

1969: A Ponte volta à divisão de elite do futebgol paulista, sagrando-se, campeã do quadrangular final, disputado no estádio do Palmeiras, em São Paulo, contra Linense, Francana e Noroeste.
1970: De volta à divisão de elite, a Ponte conquista, ao lado do Palmeiras, o vice-campeonato paulista.


1976: A Ponte disputa pela primeira vez o Brasileirão, e chega até a terceira fase, que reunia os 18 melhores times do País.


1977: A Ponte, com o melhor time de sua história, chega ao vice-campeonato paulista. Na final, a equipe campineira foi derrotada pelo Corinthians por 1 a 0. O Corinthians não vencia o campeonato desde 1954. A Ponte jogou com Carlos; Jair, Oscar, Polozzi e Angelo; Vanderlei, Marco Aurélio e Dicá; Lúcio, Rui Rei e Tuta. O técnico era Zé Duarte.



Um grande time, pois cedeu vários jogadores para a seleção brasileira. É só conferir.


1979: Outra vez a Ponte conquista o vice-campeonato paulista, caindo na final diante do mesmo Corinthians, por 2 a 0. A Ponte jogou com Carlos; Toninho, Juninho, Nenê e Odirlei; Vanderlei, Mauro Aurélio e Dicá (Humberto); Lúcio (Lola), Osvaldo e João Paulo. O técnico era Zé Duarte.


1981: A Ponte chega mais uma vez ao vice-campeonato paulista. No jogo decisivo, foi derrotada pelo São Paulo por 2 a 0, gols de Renato e Serginho. A Ponte jogou com Carlos; Toninho, Juninho, Nenê e Odirlei; Zé Mário, Marco Aurélio e Dicá; Édson (Abel), Chicão (Humberto) e Osvaldo. O técnico era Jair Picerni.


1987: A Ponte fica em penúltimo lugar no Paulistão, só a frente do Bandeirante de Birigüi, e é rebaixada para a divisão de acesso.


1989: A Ponte volta à divisão de elite, ao sagrar-se vice-campeã da divisão de acesso. O título ficou com o Ituano.


1995: Outra vez a Ponte é rebaixada. Em 30 jogos no Paulistão, a equipe venceu 7, empatou 8 e perdeu 15.


1997: Segunda colocada na segunda divisão do Campeonato Brasileiro (o título ficou com o América Mineiro), a Ponte ganha o direito de disputar novamente o Brasileirão.


1998: a Ponte chega ao quadrangular final da Série A-2 do Paulistão, disputando a vaga contra Noroeste, América de Rio Preto e União Agrícola. O título foi conquistado pela equipe barbarense.

Selva de pedra avançou sobre o primero campinho

O concreto avançou sobre os descampados onde nasceu a Ponte Preta. Aqueles meninos de pés decalços, na virada do século, corriam atrás de bolas de meia num terreno localizado onde hoje está construída a rotatória de acesso à rua Proença. O que era antes um terreno baldio, hoje tem nome: Praça Comendador Soares. É uma pracinha pequena, mas mãe nenhuma no mundo teria coragem de deixar as crianças brincando por ali. O trânsito é infernal. A praça, contornada pelo asfalto, é quase inacessível.

Bem ao lado dela estão as ruínas da antiga ponte erguida em 1905, estruturada para receber veículos pesados. Ainda hoje ela preserva uma arquitetura rica nas pilastras cheias de adornos esculpidos à mão.


Ponte onde existia a ponte preta que deu origem ao nome à agremiação. Localizada perto do Senai na rua Abolição.

Esta ponte foi erguida onde, cinco anos antes, existia uma ponte de pedestres, de madeira, feita para permitir a transposiçäo da linha férrea da antiga Companhia Paulista. "Aquela ponte de madeira, tingida de alcaträo, deu nome ao bairro e ao time de futebol, que nasciam quase simultaneamente: a Ponte Preta", fala o cirurgião dentista Sérgio Rossi, autor da principal obra sobre o clube, a História da Associação Atlética Ponte Preta.

O tempo radicalizou a paisagem. Ao lado da velha ponte está o viaduto de concreto armado que liga a rua Abolição às ruas Proença e Barão de Jaguara. Sob o novo viaduto, onde no passado os meninos jogavam bola, hoje vivem mendigos. Os pilares de sustentação estão pichados. O lixo está por toda parte. O chão é forrado das latinhas de refrigerantes que os meninos de hoje usam para fumar crack.

Num raio próximo, a 50 metros dali, na primeira quadra da rua Abolição, estão todas as raízes da Ponte. No local onde existe a escola Senai, aconteceu a primeira reunião dos garotos que fundaram a Ponte Preta. E, do outro lado da rua, morava a família de Pedro Vieira da Silva, escolhido como o primeiro presidente da agremiação. Hoje, no terreno, instala-se a Paróquia Bom Jesus, uma dessas seitas de final de século, que arregimentam gente sofrida prometendo os milagres da fé.

No imóvel onde funcionou a sede da Ponte, até 1912, morava Sebastião Alves, o Lili, um dos primeiros craques da história do clube. O tempo fez com que a casa desaparecesse. Hoje, ali, funcionam duas lanchonetes, a Santa Catarina e a 107, quase na esquina da rua Abolição com a rua Álvaro Ribeiro. São dois redutos de torcedores pontepretanos. Mas seus proprietários näo torcem para a Ponte. Nem paulistas são.

A Lanchonete Santa Catarina pertence a Vilmar Pecker, de 46 anos. Ele mudou-se para Campinas há apenas 10 meses. Veio de uma cidadezinha chamada São Lourenço, no interior catarinense. Deixou para trás a roça e tenta se dar bem no comércio. Torce para o Inter de Porto Alegre. Mas, neste pouco tempo, já aprendeu a admirar a fidelidade dos pontepretanos ao clube. "Aqui, metade da freguesia é pontepretana. A outra se divide entre Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Guarani", fala.

A Lanchonete 107, também instalada no sagrado solo pontepretano, pertence a outro catarinense: Vital Pinheiro, de 50 anos. Ele chegou há dois anos de Concórdia e encontrou na torcida da Ponte quase a totalidade da clientela. "O pessoal passa aqui pelo bar antes de cada jogo", diz.

Logo adiante, no terreno onde está instalada a Sanasa (esquina da rua Abolição com a avenida Angelo Simões) existiu o primeiro campo de futebol da Ponte Preta. Era o campo do Cruzeiro (numa referência a uma antiga cruz metálica que hoje ornamenta a entrada do Cemitério da Saudade). O campo ficava bem ao lado do local onde hoje existe a Igreja de Santo Antônio e a caixa d'água da Sanasa. Uma das pistas da Angelo Simões foi construída sobre o antigo campo.

1969 - Ano em que o time levou seu único título

Em 1969, a Ponte conquistou o primeiro e único título na história. Depois de atropelar os adversários na fase de classificação da divisão de acesso, com 11 vitórias e apenas um empate, a Ponte chegou ao quadrangular final e decidiu o título jogando contra o Noroeste, a Francana e o Linense, na Capital.

Os antigos torcedores da Ponte ainda guardam na memória os nomes dos craques da inesquecível campanha de 1969. O elenco - quase todo formado nas categorias de base da equipe, foi reforçado com a contratação de apenas dois jogadores: o centroavante Djair e o médio-volante Teodoro.

Os demais jogadores eram garotos, que iniciavam carreiras vitoriosas. Faziam parte do plantel, por exemplo, o lateral-direito Nelsinho Batista (hoje técnico de futebol) e o meia Dicá (maior craque da história da Ponte). A média de idade do time era muito baixa: apenas 22 anos.

Quase todos os craques haviam sido trazidos das categorias de base pelo treinador Otacílio Pires de Camargo, o Cilinho. Mas o técnico deixou a Ponte para comandar o XV de Piracicaba, que na época já disputava a Divisão Especial. Zé Duarte o substituiu.

Decisão no Tribunal

No quadrangular final, a Ponte bateu o Linense por 3 a 1 e o Noroeste por 3 a 0. Na última rodada do quadrangular, foi derrotada pela Francana por 3 a 1, no dia 31 de outubro. Mesmo assim, o time conseguiu o título com um saldo de gols superior ao alcançado pela Francana. A Ponte tinha Wilson; Nelsinho, Samuel, Araújo e Luizinho (Santos); Teodoro (Sérgio Moraes) e Roberto Pinto; Alan (Manfrini), Dicá, Djair e Adílson.

Apesar da conquista, no entanto, os torcedores não puderam comemorar. Antes mesmo da partida final, contra a Francana, a diretoria do Linense havia impetrado uma ação na Justiça Desportiva alegando que a Ponte Preta havia escalado ilegalmente o ponteiro Adílson. O clube de Lins entendia que Adílson deveria estar cumprindo uma suspensão automática no dia em que a Ponte venceu o Linense por 3 a 1.

Adílson, que antes daquele jogo defendia o XV de Piracicaba na Divisão Especial, foi expulso de campo na partida contra o Botafogo de Ribeirão Preto. No jogo tenso, uma briga obrigou o árbitro a expulsar os 22 jogadores de campo e dar a partida por encerrada.

A questão foi avaliada pela Justiça Desportiva e, nos tribunais, a Ponte venceu por goleada: 9 votos a zero. Alegando que a partida entre XV e Botafogo havia sido anulada, a Justiça Desportiva considerou sem efeito as 22 expulsões. Logo, Adílson tinha condições de jogar pela Ponte contra o Linense.

A guerra nos tribunais fez com que a Federação Paulista de Futebol só proclamasse a Ponte campeã no dia 6 de janeiro de 1970. O time de Campinas voltava à divisão de elite do futebol paulista depois de amargar nove anos na luta pelo acesso (a Ponte havia sido rebaixada após o campeonato de 1960).

ESTES FORAM OS CAMPEÕES DE 1969



Jogador Luizinho.

GOLEIROS: Wilson Chiquetto e Piveti
ZAGUEIROS: Samuel, Geraldo Spana, Araújo, Henrique e Dagoberto
LATERIAIS: Nelsinho Batista, Maurício, Luizinho e Santos
MEIO-CAMPISTAS: Teodoro, Sérgio Moraes, Roberto Pinto, Aílton Lira, Dicá, Manfrini e Antônio Carlos
ATACANTES: Alan, Joãozinho, Djair, Orlandinho, Ézio, Zezinho e Adilson
COMISSÃO TÉCNICA
Técnico: Zé Duarte
Auxiliar Técnico: Ilzo Neri
Preparador físico: Mauro Montedioca (Maurinho)
Massagista: Hélio Santos
Roupeiros: Carlos Antonio Borges (Borjão) e Luís Sérgio
Médicos: Antonio Henrique Giovanetti, Modesto Carvalhinho e Luiz Sader
DIRETORIA
Presidente: Sérgio Abdalla
Diretores do Depto. de Futebol Profissional: Luiz Antonio Campagnone e Pedro Antonio Chaib
(Fonte: História da Associação Atlética Ponte Preta, de Sérgio Rossi, volume 3 de 7 publicados por este autor e que reflete o período de 1900 a 2000)."


A seqüência de fotos abaixo mostra a saga de uma torcida que nos idos da década de 1940 fez um mutirão de coleta de cimento, tijolo e mão de obra para construção do estádio, que à época foi denominado "Majestoso", depois oficialmente Estádio Moisés Lucarelli, pois era só menor que o Pacaembú na capital paulista.



A diretoria na época da construção do estádio.








O grande comandante da construção: Moisés Lucarelli















O grande Moisés Lucarelli acompanhando a obra.



Veja a quantidade de caminhões com os tijolos coletados junto aos pontepretanos.








A foto acima é histórica; pois mostra a pré-inauguração, vendo-se a quantidade de caminhões que fizeram parte da construção do estádio.
Uma das missas no estádio para agradecer o sonho realizado na época. Aqueles que não vivenciaram o momento, como eu, sentem um orgulho e um prazer por tudo aquilo que se fez por uma torcida fiel e assim podemos repetir: "PONTE PRETA - TRADIÇÃO, EMOÇÃO E GARRA".


O estádio de futebol atualmente.