31 de dezembro de 2006

Memória Fotográfica: 1898 - Rua 13 de Maio

Bela vista da rua 13 de Maio, vendo-se ao lado esquerdo do espectador, o arvoredo que existia em frente a Matriz da Catedral.

30 de dezembro de 2006

Curiosidades: Meados do século XIX - Antigas Casas Comerciais

Raphael Duarte, saudoso historiador e conterrâneo deixou registrado sobre os comerciantes que há muito abriram suas casas de negócios em Campinas. Tais registros estão em seu livro “Campinas de outr’ora”, editado em São Paulo, pela typographia Andrade & Mello em 1905.


Nesta preciosa obra, de minha biblioteca particular, conta sua história vivida pelo antes e pós meados de 1850 e faz homenagem à seus pais: Joaquim Carlos Duarte e Anna Francisca de Andrade Duarte; seus padrinhos Barão e Baronesa de Atibaia; e ainda a seu sogro Custódio Manoel Alves.


Seguem tais registros retirados diretamente da obra e ainda inspirado em artigo de 1968 de outro saudoso campineiro e historiador; José de Castro Mendes:

"Grande foi o número de campineiros que tiveram lugar saliente entre os negociantes dos bons tempos, mas, impõe-se-me a imparcialidade de declarar, que, com justiça cabe ao português a primazia neste ramo de atividade.

Para não falar em muitas, o que ocuparia um tempo longo, vou consignar o nome de algumas casas dentre as mais importantes que em Campinas houve.

Assim foi que em 1840, se estabeleceram em sociedade Manoel Roso e Manoel Cordeiro, cuja firma se dissolveu em 1852, ficando com o estabelecimento sob a firma de Roso & Santos, o coronel Joaquim Quirino dos Santos Junior e Manoel de Araujo Roso, abrindo nova casa corm o mesmo ramo de comércio o ex-sócio Manoel Cardoso.

E primeira farmácia que tivemos foi em 1842 do glorioso botânico Joaquim Corrêa de Mello, seu Joaquimzinho (sic) da Botica; como o povo o denominava. Em 1846, estabeleceu-se a segunda farmácia, de Jorge Krug (este irmão de Carolina Florence e cunhado de Hércules Florence).

Entre os anos de 1850 e 1860, abriu a sua loja de fazendas e armarinho, o seu Polydoro, Antonio Francisco do Amaral Gurgel. Em 1853, entre outros, estabeleceram-se José Rodrigues Ferraz do Amaral, e Antonio Joaquim Gomes Tojal; em 1854 o capitão Antonio Quirino dos Santos, sendo todos estes estabelecimentos de secos e molhados, em grosso e a retalho, bem como de ferragens.

Em 1856, foram criadas muitas lojas de fazendas, finas e grossas, e tambem de armarinhos, tais como as do Polycarpo Alves Cruz, ao depois do caixeiro Agostinho de Magalhães, de Campos Junior, Irmão & Cia., de Joaquim Antonio Hodrigues, Antonio Ferreira Cezario, Manoel J. Lopes dos Santos e muitas outras. Em 1857 as de Joaquim Gabriel de Castro, Joaquim Antonio Batista e Costa, José Delmont, Francisco de Assis MeIlo, Antonio de Abreu Sampaio; as de Fidelis Machado, Joaquim Theodoro Alves os santistas Ragio & Irmão. As de Francisco Gonçalves Ferreira Novo e João Nobrega (João do Piques) já existiam em data anterior a 1857.

As de Antonio Francisco de Amaral Gurgel e João Fortunato Ramos dos Santos foram das mais antigas. Tivemos também a Loja Monstro, dos srs. Pompeu Pacheco & Comp., assim chamada por terem os sócios formado capital de 12 contos de réis que, para aquele tempo, se considerava um grande capital! Acresce que o sortimento ainda foi muito maior ao correspondente em fundos, onde o aperto dos sócios que traspassaram a loja ao capitão Joaquim Correia Dias (o Alferinhos), o qual se manteve por muitos anos.

As maiores casas havidas por esse tempo, eram as de Raggio & Irmão – Roso & Santos - Francisco G. F. Novo --- Almeidinha - Joaquim Teodoro Alves – Antonio de Abreu Sampaio, a de ferragens de José Artegas e a do Maneco Pelote.

Em 1865, a Loja do Sol - o Sol nasce para todos (prédio que existia à rua Dr. Quirino) de Manoel J. Pereira Villares - as de João Alves, Joaquim P. de Oliveira Nunes - o armazém do Pingurra (Antonio Monteiro de Carvalho e Silva), Duarte Rezende, Pedro Kyel, Luiz Pupo de Moraes, e assim outras em Santa Cruz, como as do Zimbres, a Loja do Boi. Lembro-me mais da loja de Aranha Irmão & Comp., bem como do armazém do Ladeira e a loja do Domingos Roso, que são de muito mais remota criações”.

29 de dezembro de 2006

Personagem: Barão de Itapura

Nascido em 1809 em Ponta Grossa, então comarca de Curitiba, pertencente à Província de São Paulo, Joaquim Polycarpo Aranha transferiu-se para a Villa de São Carlos, antigo nome de Campinas, ainda muito jovem.

Foi proprietário da Fazenda Chapadão, nos arredores de Campinas, foi um dos grandes plantadores de café; elegeu-se vereador em 1845-1848 pelo Partido Liberal.

Casou-se com sua prima de segundo grau, Libânia de Souza Aranha (falecida em 1921) e tiveram seis filhos, além de um incontável número de órfãos e viúvas desamparadas que eram acolhidos pela baronesa em seu palacete.

Membro da Guarda Nacional, tinha a patente de Capitão da entidade. Com relevantes serviços prestados à sociedade campineira, o Governo Imperial condecorou-o como Comendador da Imperial Ordem da Rosa e concedeu-lhe o título de Barão de Itapura em 1883.

Seu solar por sinal é onde funciona hoje a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC – Central).

O fato de Campinas possuir, em fins do século XIX, canalização de água e esgotos animou o Barão de Itapura a construir seu solar. Um arquiteto italiano foi contratado e, três anos depois (1883), a casa foi inaugurada à rua do Imperador 28 (atual Marechal Deodoro, 1099). O casarão é uma expressão fiel da arquitetura do fim do Império, de composição clássica, muito espaçoso (227 cômodos) e imponente, com suas janelas em semicírculos no andar inferior.

Foto acima, de 1990, do solar do Barão de Itapura.

Faleceu em 06/01/1902, com 93 anos.

Homenagem: é nome da avenida que começa no bairro Botafogo e termina no bairro Guanabara; tendo sido denominada em 28/02/1887.

28 de dezembro de 2006

Notícias de ...: 1900

Na publicação “A Cidade de Campinas em 1900”, de Leopoldo Amaral (org.), informa-se que os antigos cemitérios (4) de Campinas, junto à estação da estrada de ferro, foram fechados em 1881, quando foi criado o cemitério do Fundão (Cemitério da Saudade), a 3 km da cidade, mantido pela municipalidade. Esse cemitério, em 1899, possuía ricos mausoléus, entre eles o da família Ferreira Penteado, onde encontrava-se, provisoriamente, o cadáver embalsamado do maestro Carlos Gomes.

27 de dezembro de 2006

Notícias de ...: 1870

Conforme noticiado no Almanak de Campinas para 1871. Em 1870, os quatro cemitérios existentes em Campinas eram: Cemitério Municipal, Cemitério do Santíssimo Sacramento, a cargo da irmandade de mesmo nome, Cemitério das Almas, a cargo da Irmandade das Almas, e o Cemitério dos Protestantes, administrado pela Sociedade Alemã de Instrução e Leitura. Em relação às igrejas, na freguesia da Conceição havia três: Matriz Nova e São Benedito, em construção, e Rosário, servindo de sede da paróquia; na freguesia de Santa Cruz havia duas igrejas: Matriz Velha (sede da paróquia) e Santa Cruz, por concluir; em 1870, também havia na cidade uma Igreja Protestante, cujos pastores evangélicos eram G. Nash Morton e Edward Lane.

25 de dezembro de 2006

Curiosidades: 19/03/1888 - Imposto sobre Escravos

Veja um exemplo de uma ata da sessão da Câmara dos Vereadores de 19 de março de 1888. Sinais dos tempos de outrora.

Por indicação do vereador José Paulino Nogueira, a Câmara Municipal de Campinas enviou representação ao presidente da Província pedindo a execução da lei provincial que estabelecia um imposto de 400$000 por escravo.

O vereador Ricardo Gumblenton Daunt votou contra, apresentando a seguinte declaração de seu voto:

"1º. porque, existindo imposto geral sobre os escravos domiciliados nas povoações e proibindo a Constituição do Império a decretação pelas províncias e pelas muncipalidades, de impostos sobre matéria já sujeita a tributo pelos poderes gerais, e sendo este imposto não somente em tese uma ofensa a este preceito, mas devendo ter o infalivel resultado de fazer desaparecer o objeto tributado, tal imposto é inconstitucional;

2º. porque, admitindo argumento gratia a legimitidade de um lmposto qualquer provincial sobre escravos, este de um mil cruzados não é mais imposto como o imposto é conhecido na ciência, e sim um ato de confiscação da propriedade do cidadão, porque em alguns casos representa o quádruplo do valor do escravo, e na hipótese mais favorável quase alcança a metade do valor, tornando-se evidente que o legislador provincial em decretar a adoção do projeto não teve em vista lançar um imposto legitimamente concebido a bem das necessidades fiscais do erário provincial, e como tal defensável perante a moral e a ciência, mas sim que procedeu com o calculado objetivo de apressar uma revolução social obrigando por este meio os proprietários de escravos a abrir mão dos mesmos, invadindo assim mais uma vez as atribuições dos poderes gerais.

Sala das Sessões da Câmara de Campinas, aos 19 de março de 1888".

24 de dezembro de 2006

Monumento: Campos Salles

Foto mostra a dia da inauguração do monumento no Largo do Rosário, isto em 19/08/1934.

Acima na foto; Monumento ao maior político que Campinas gerou; Manuel Ferraz de Campos Salles logo após sua inauguração em 1934 no Largo do Rosário.

As 4 fotos abaixo, na seqüência, mostra o mesmo monumento no mesmo local e após remodelado, a foto logo abaixo é de 1935 e as outras 3 são de 1940.




Na foto abaixo, mostra onde hoje está confinado o monumento; estando o mesmo no início da av. que leva seu nome.

23 de dezembro de 2006

Curiosidades: Caminhos de Campinas em 1774

Este estudo, da década 1990, mostra os caminhos que existiam em Campinas de 1774. Quando se usava estes caminhos para ir para Goiás e outras terras.

22 de dezembro de 2006

Personagem: Ferreira Penteado


Joaquim Ferreira Penteado nasceu em 1808, na Vila de São Roque.

Rico fazendeiro, era bastante respeitado por seu caráter humanitário. Fundou a Escola Ferreira Penteado, gratuita, de instrução primária e destinada às crianças carentes.

Recebeu do Governo Imperial a condecoração de Comendador da Imperial Ordem da Rosa e o título de Barão de Itatiba, em 1882.

Casou-se com sua prima de segundo grau, Francisca de Paula Camargo. Em seu testamento, colocou uma cláusula, obrigando seus descendentes a manterem a instituição em funcionamento.

Após sua morte, em 1884, sua mulher, a Baronesa de Itatiba, continuou a se dedicar pelo sustento da fundação.

Homenagem: é nome de rua no Centro (Ferreira Penteado).

21 de dezembro de 2006

Personagem: Barão de Ibitinga


Natural de Campinas, Joaquim Ferreira de Camargo nasceu em 1832. Proprietário de uma fazenda de café, conhecida como Nova Lousã, no município de Espírito Santo do Pinhal, pertenceu ao Partido Liberal, exercendo cargos de nomeação e eleição popular.

Foi fazendeiro e teve plantação de café no município de Itatiba/SP, foi também vereador, juiz municipal e diretor de várias empresas, como a Companhia Campineira de Iluminação e Gás e Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Em 1887 foi condecorado com o título de Barão de Ibitinga pelo Governo Imperial.
Joaquim Ferreira de Camargo Andrade é neto, por pai, do Capitão Joaquim de Camargo Penteado e é neto, por mãe, do Capitão Mor, Floriano de Camargo Penteado. Foi fazendeiro e teve plantação de café no município de Itatiba/SP.


O Barão casou-se 2 vezes:


Primeiro casamento, com Cândida Franco (irmã da Baronesa de Araras) que é filha do Capitão Joaquim Franco de Camargo. Tiveram 5 filhos. A 1o filha do casal é Maria casada com Antonio Alvares Leite, Conde Alvares Penteado, pela Santa-Sé.


Segundo casamento, com Maria Higina de Almeida Lima (irmã da Baronesa de Pirapitinguí e sobrinha do Barao de Descalvado), que é quem tem o título de Baronesa de Ibitinga. Era viúva de João Carlos Leite Penteado. Tiveram 4 filhos. A última filha, Amália, casada com Henrique dos Santos Dumont, irmão do inventor Santos Dumont.


Homenagem: é nome de rua na Vila Industrial.

Seu túmulo no Cemitério da Saudade em Campinas.


20 de dezembro de 2006

Memória Fotográfica: Uma boiada no Bairro Guanabara

Até início do século XX (1900), os bairros para além do Largo de Santa Cruz estavam em processo de urbanização, com o loteamento de antigas fazendas. Boiadas ainda chegavam ao Guanabara vindas da região de Moji Mirim. Este cartão postal mostra isto.

19 de dezembro de 2006

Personagem: Barão Geraldo

Geraldo Ribeiro de Souza Rezende nasceu em 19 de abril de 1846, no Riode Janeiro. Filho do senador Estevão Ribeiro de Rezende e de Ilidia Mafalda de Souza Queiroz, o marquês e a marquesa de Valença, Geraldo recebeu o título de Barão do amigo e imperador Dom Pedro II.

Confira algumas histórias sobre o Barão Geraldo:

Barão Geraldo tinha como irmãos o Barão de Rezende, Estevão Ribeirode Souza Rezende, e o 2° Barão de Valença, Pedro Ribeiro de Souza Rezende. Os três irmãos conseguiram, por coincidência, o mesmo título nobiliárquico de barão.

O pai do Barão Geraldo, Marques de Valença, aos 35 anos de idade casou-se com uma menina deapenas 7 anos. Era Ilidia Mafalda, mãe do Barão Geraldo. Isso só foi possível através de um decreto de 11/04/1812.

Contam que o Barão Geralrado se suicidou em 1 de outubro de 1907, após tomar veneno, ao ver a sua Fazenda Santa Genebra ser levada à leilão pelo governo. Tal episódio se deu porque o Barão contraiu dívidas na construção da Estrada de Ferro Funilense, que ligava a atual cidade de Cosmópolis ao bairro Guanabara.

18 de dezembro de 2006

Curiosidades: 1887 - Fundação Companhia Campineira de Águas e Exgottos

A 05 de julho de 1887, fundava-se a Companhia Campineira de Águas e Exgottos da qual faziam parte o Coronel Joaquim Quirino dos Santos, Roberto Normanthon, Bento Quirino dos Santos e o engenheiro dr. Antonio Francisco de Paula Souza. A inauguração dos serviços deu-se no dia 2 de janeiro de 1891. Foi uma festa para os campineiros, jorrando água das primeiras torneiras.

17 de dezembro de 2006

Personagem: Marques de Três Rios

Joaquim Egídio de Sousa Aranha nasceu em Campinas, em 1821. Foi barão, visconde, conde e, por último, marquês. Elegeu-se três vezes vereador pelo Partido Liberal. Em seu último mandato, foi presidente da Câmara de Vereadores.

Em 1862, assinou ao lado de outros ilustres campineiros, o primeiro manifesto para fundação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Foi membro da Guarda Nacional de Campinas, recebendo, em 1855, a condecoração de oficial da imperial Ordem da Rosa. Dezesseis anos mais tarde, foi promovido ao posto de coronel-comandante superior da milícia.Em 1878, dois anos depois de se mudar para São Paulo, foi nomeado segundo vice-presidente da Província de São Paulo.

O Marquês de Três Rios ajudou a construir o Hospital de Variolosos, além de colaborar com instituições de caridade e religiosas.Rico proprietário urbano e rural, foi nome fundamental para o progresso de empresas de Campinas e da capital paulista.

Casou-se com Ana Francisca de Pontes Aranha com quem viveu por 33 anos e teve um filho. Após a morte de sua mulher, casou-se novamente com Maria Hipólita dos Santos Silva, Baronesa de São João do Rio Claro. Foi nesse casamento que originou sua fortuna, estimada em 18 milhões de cruzeiros (moeda da época).

Morreu aos 72 anos em São Paulo, onde foi sepultado.

Homenagem: o distrito de Joaquim Egídio tem esse nome em homenagem ao nobre. Além disso, Marquês de Três Rios é uma rua no bairro Botofogo.

16 de dezembro de 2006

Memória Fotográfica: Rua Augusto Cesar

Foto da década de 1920, mostra a rua Augusto Cesar e que foi encampada quando do aumento da av. Júlio de Mesquita. Veja na mesma o bonde elétrico.

15 de dezembro de 2006

Personagem: Barão de Paranapanema

Joaquim Celestino de Abreu Soares nasceu em Campinas, em 1822.

Pertenceu ao Partido Conservador e prestou serviços na Revolução Liberal de 1842. Elegeu-se vereador em 1873. Em sua mocidade, dedicou-se ao comércio, atividade que abandonou mais tarde para tornar-se fazendeiro.

Casou-se três vezes, sendo em uma oportunidade com uma prima de terceiro grau. Com elevado sentimento de filantropia, ajudou a Santa Casa de Misericórdia.

Pelos atos beneméritos, o Governo Imperial concedeu-lhe o título de Barão de Paranapanema, em 1887. Porém, pouco desfrutou o título recebido, morrendo cinco meses após receber as honras imperiais.

Homenagem: é nome de rua no Bosque.

14 de dezembro de 2006

Memória Fotográfica: Av. Brasil x Av. Barão de Itapura

Veja foto, data indeterminada, interessante da confluência da av. Brasil x av. Barão de Itapura, estando o fotógrafo olhando em direção da av. Brasil. Ao seu lado esquerdo tem-se o muro do Instituto Agronômico, existente até hoje, e ao seu lado direito em primeiro plano; no lugar da casa mostrada hoje existe uma grande casa de lanches.

Nota-se que ao fundo ainda não existia o pontilhão da Cia. Mogiana de Estradas de Ferro.


13 de dezembro de 2006

Memória Fotográfica: Beco da Cadeia x Rua Thomaz Alves

A foto de 1903 acima focaliza casa que existia na confluência da Rua Dr. Quirino (hoje) e o Beco da Cadeia (depois Rua Thomaz Alves); este beco ligava o local ao prédio do Mercado das Hortaliças (Casa das Andorinhas) que ficava em frente a Escola Carlos Gomes. Tal casa foi demolida para alargamento da rua Thomaz Alves. Nota-se que ainda não havia o monumento-túmulo de Carlos Gomes e que já aparece na foto, de 1906, abaixo. Porém ainda existia a tal casa.

No local citado acima, hoje tem-se uma grande e famosa casa de lanches.

12 de dezembro de 2006

Personagem: Visconde de Indaiatuba

Joaquim Bonifácio do Amaral nasceu em 03 de setembro 1814. Foi Barão e Visconde de Indaiatuba. Conhecido pela coragem e patriotismo, fez parte da tropa do capitão Boaventura do Amaral, que combateu as forças liberais revolucionárias (Batalha de Venda Grande). Chefiou o antigo Partido Liberal e elegeu-se vereador em 1849.

Após o mandato, foi nomeado um dos “vice-presidentes” da Província de São Paulo. Dono de terras em Campinas e Amparo, fundou a colônia alemã na Fazenda Sete Quedas, uma de suas propriedades.

Hospedou D. Pedro II e Dona Teresa Cristina Maria em seu solar em duas ocasiões. A primeira, na inauguração da linha da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, em 1875. A segunda, três anos mais tarde, quando o casal excursionava pelo interior da Província.Casou-se com sua sobrinha, Ana Guilhermina Pompeu do Amaral.

Ocupou lugar de destaque na vida social e política da cidade. Morreu aos 69 anos, em Campinas.

Homenagem: é nome de uma praça no Centro de Campinas (conhecida como Largo do Rosário).

10 de dezembro de 2006

Memória Fotográfica: Década de 1930 - Escola Normal


Na década de 1930, a Escola Normal Campinas possuía um bosque com árvores ao lado.

9 de dezembro de 2006

Personagem: Condessa de Pinhal

Anna Carolina de Melo Oliveira de Arruda Botelho nasceu em 1841, em Campinas, e obteve os títulos de Baronesa, Viscondessa e Ccondessa do Pinhal.

Tendo como pais: Coronel José Estanislau de Oliveira, nascido em São Paulo em 1803 e faleceu em Rio Claro em 1884, com 81 anos. e Elisa de Melo Franco, nascida em Goenttingen, Alemanha, em 1806; e falecida em Rio Claro em 1891, com 85 anos.

Sempre foi admirada por sua bondade. Casou-se na fazenda de seu pai com Antônio Carlos de Arruda Botelho, o Conde do Pinhal. A família do marido também possuía vários títulos de nobreza.
Filho do barão e da baronesa de Araraquara, era irmão do 2º Barão de Araraquara, do Barão de Melo e Oliveira, da 2ª Baronesa de Dourado, da 2ª Baronesa de Piracicaba e do comendador de Melo Oliveira. A Condessa do Pinhal morreu aos 104 anos, em São Paulo, deixando descendentes.

Homenagem: é nome de ruas no Parque da Figueira e na Cidade Universitária.


Placa comemorativa do centenário da Condessa, em 5 de novembro de 1941.

8 de dezembro de 2006

Personagem: Dr. Quirino

Francisco Quirino dos Santos, nasceu na fazenda de seus pais em Campinas, em 14/07/1841 e tinha como um dos irmãos, Bento Quirino dos Santos. Desde cedo dedicou-se a leitura dos poetas brasileiros e portugueses.

Seu amor pelo estudo trouxe-o aos quatorze anos para capital paulista, São Paulo, onde em pouco tempo, fez os seus preparatórios matriculando-se em 1859 na Faculdade de Direito, formou-se bacharel na turma de 1863, e há muito se distinguiu pelo trabalho e velo estudo. Foi durante o curso acadêmico que escreveu a maior parte das poesias que enfeixou no volume das EstrelIas Errantes recebido com justos encomios pela imprensa fluminense e portuguesa, e a que fizeram honrosas referências de Souza Freire, Luiz Guimarães, Pecanha Póvoa, Pinheiro Chagas e muitos outros.

Quirino dos Santos, juntamente com Rangel Pestana lançou o periódico Lyrio; fundou também A Razão (neste jornal colaboraram: Belfort Duarte, Campos Salles, Jorge Miranda, seu irmão João Quirino do Nascimento. etc.), e a partir de janeiro de 1864, "jâ com uma brilhante reputacão literárla e politica", passou a redigir o Correio Paulistano, de propriedade do Tenente Coronel Joaquim Roberto de Azevedo Marques.

Exerceu a advocacia em sua terra natal até ser nomeado promotor público da Comarca de Santos. Foi deputado provincial, membro da Sociedade de Geografia de Lisboa e sócia de quase todas as instituições culturais de São Paulo.

Em 1869 fundou a Gazeta de Campinas, que tinha entre seus colaboradores os principais líderes republicanos da Província de São Paulo. Em Abril de 1873 participou da "Convenção de Itu" como representante do Club Republicano de Campinas, não chegou a ver concretizada a República, pois "victima de pertinaz moléstia que soube zombar dos disvellos da família estremecida e da dedicação dos amigo”. Republicano convicto, deixou publicada extensa obra. Faleceu sem ver proclamada a república e com apenas 45 anos de idade em 06/05/1886.

É nome de rua na parte central de Campinas.

6 de dezembro de 2006

Curiosidades: Assim nasceu o distrito de Barão Geraldo

Zona de terra roxa, ideal para a cafeicultura, a região do distrito de Barão Geraldo foi ocupada de início com fazendas de cana de açúcar desenvolvidas nas antigas sesmarias, mas só conheceu uma intensificação da atividade agrícola com a chegada das plantações de café na 2a. metade do século XIX.

Elas transformaram a região numa zona não só de muita produção nas duas maiores fazendas (Santa Genebra e Rio das Pedras), mas também num dos locais em que se realizaram experimentações com novos tipos da rubiácea (café) e equipamentos modernos para o beneficiamento do café.

Nessa época, o Barão Geraldo de Rezende (Geraldo Ribeiro de Souza Rezende), associou-se aos agrônomos e técnicos do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e transformou sua fazenda Santa Genebra numa espécie de propriedade modelo para inovar no campo da cafeicultura.

Para isso ele buscou os espécimens melhor adaptados ao solo e clima da região, assim como novas formas de tratamento dos grãos antes da comercialização.

Primeiro foram os escravos, poucos africanos e muitos crioulos (já nascidos no Brasil e vindos do Nordeste, após a extinção do tráfico negreiro), que funcionaram como a mão-de-obra básica para tocar os enormes cafezais do distrito.

Com a intensificação do movimento abolicionista, foram instalados nas antigas senzalas os imigrantes italianos, portugueses e espanhóis. Eles, substituindo os negros, primeiro como parceiros e depois como colonos, tocavam com o trabalho familiar, grandes trechos dos cafezais
.

5 de dezembro de 2006

Personagem: Barão de Ataliba Nogueira

Nascido em Campinas em 1834, João Ataliba Nogueira formou-se em Ciências Jurídicas na antiga Academia de Direito de São Paulo. Exerceu a profissão em sua terra natal e se elegeu vereador aos 27 anos. Também foi juiz municipal e membro do Partido Liberal.

Trabalhou para a construção da Catedral e foi presidente de várias empresas que participaram do progresso da cidade. Dentre elas, a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, a qual dirigiu por 18 anos. Recebeu o título de Barão em 1820, um ano após ser condecorado comendador da imperial Ordem da Rosa.

João Ataliba Nogueira e Luiza Xavier de Andrade.

Presidiu a comissão que prestou homenagens ao compositor Carlos Gomes. Morreu em 1921. Homenagem: batiza rua no Cambuí, dá nome a um presídio e é nome de escola.

As duas fotos a seguir mostram sua residência em dois momentos uma no passado e a outra nos tempos atuais.




Face tumular no Cemitério da Saudade.


2 de dezembro de 2006

Personagem: Coelho Netto

O escritor Coelho Netto, ou melhor, Henrique Maximiano Coelho Netto, ‘o Príncipe dos Professores Brasileiros’, maranhense de nascimento, viveu em Campinas durante três anos, tempo que relembrava com saudades: “O tempo em que lá vivi, e foram três anos, passou tão rápido, que, hoje, tenho-o por um sonho feliz...”.

Professor, político, Deputado Federal pelo MA (1909 e 1917); romancista, teatrólogo e poeta radicado no Rio de Janeiro; fundador (Patrono Cadeira 2) da ABL (Academia Brasileira de Letras); abolicionista e republicano.

Coelho Netto teria vindo para Campinas em meados de 1901, já famoso na literatura, desde que publicara centenas de crônicas e de contos, peças de teatro e poesias. Entre seus trabalhos, destacam-se Inverno em Flor, O Rajá de Pendjab, A Capital Federal, Álbum de Retratos, e muitos outros.

Magrinho, olhos vivos através do pince-nez, era uma figura atraente e sua passagem pela cidade foi rápida e fulgurante, participando da vida na cidade, lecionando no Culto à Ciência e compartilhando da diretoria do Centro de Ciências Letras e Artes.

Que razões teriam trazido Coelho Neto a Campinas? Ele enfrentou dias difíceis, que o levaram a vender até jóias e objetos da vida da família. Coelho Netto sentiu-se atraído pela possibilidade de tornar-se lente oficial do Culto à Ciência.

Em Campinas, Recordações, o cronista Leopoldo Amaral evoca a figura atraente de Coelho Neto, o encanto de sua conversação, a hospitalidade acolhedora de sua casa, a fidalguia de sua esposa dona Gaby. Escritores e artistas aqui residente convidavam o famoso escritor ou compareciam à sua casa, onde debatiam literatura e artes.


Ele resolveu candidatar-se para o concurso no Ginásio. A banca, ‘rigorosíssima’, constituía-se do fiscal do governo e de outros intelectuais inscritos. E Coelho Neto sagrou-se vencedor. Sua nomeação para o cargo saiu em agosto de 1901.Coelho Neto também escreveu a peça Pastoral, apresentada no dia 25 de dezembro de 1903. A apresentação da peça no Teatro São Carlos foi um grande sucesso.

O público era o mais representativo da cidade e o evento artístico foi comentado com minúcias pelo cronista Leopoldo Amaral.

Nascimento: 21/02/1864, Caxias, Maranhão, Brasil.

Filiação: Antonio da Fonseca Coelho e Ana Silvestre Coelho

Casamento: Maria Gabriela Brandão (1890); filhos: 14.

Falecimento: 28/11/1934, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

1 de dezembro de 2006

Monumento: Aos Expedicionários


Monumento-túmulo dos Voluntários de 1932 - Lembra os voluntários que combateram em 1932; localiza-se na entrada do Cemitério da Saudade e foi inaugurado em 09 de julho de 1935.