30 de setembro de 2006

Monumento

Monumento: o termo vem do Latim "monumentu", significando "obra de arquitetura ou escultura feita em honra de alguém cuja memória se quer perpetuar ou para comemorar algum fato notável". Este é o verdadeiro sentido dos monumentos públicos, homenageando e perpetuando através do tempo, personalidades e fatos que, nos mais diferentes setores, trabalhararam pelo bem da comunidade ou de importância para esta. Campinas orgulha-se dos seus monumentos. São muitos e algums deles, verdadeiras obras de arte e neste espaço estaremos contando a história deles e a quem ou que se refere. E como diz nossa professora e cronista, Sra. Célia Siqueira Farjallat: "O significado de cada monumento de cada cidade é também uma lição de História".

29 de setembro de 2006

Personagem: Antônio Carlos Gomes - O maior músico campineiro

Descrevo aqui o maior orgulho da cidade de Campinas na área artística musical; o grande artista na arte lírica internacional, autor de óperas de envergadura encenadas nos grandes teatros do Velho Mundo.

1836 – Em 11 de julho, nascimento de Antônio Carlos Gomes, em Campinas na rua da Matriz Nova, 50 (hoje Rua Regente Feijó, 1251).

Acima foto do Manoel José Gomes (Manéco Músico)

Pais: Manoel José Gomes (Maneco Músico) e Fabiana Maria Jaguary Cardoso.
Padrinhos: Bento da Rocha Camargo Maria Candelária (mulher de José Custódio).
Irmãos: José Pedro Sant’Ana Gomes (Juca Músico), Manoel Gomes, Thomaz Gomes, Joaquina Gomes e Ana Gomes Funk; todos músicos.



Na foto acima de 1954, mostra o local onde nasceu Antonio Carlos Gomes (Rua Regente Feijó). Nota-se que existe uma placa dizendo do fato.

1844 – Em 26 de julho, sua mãe com 28 anos é brutalmente assassinada a facadas. Perto de sua residência, o evento aconteceu num largo cortado de jurumbevas próximo a Rua das Casinhas (hoje Rua General Osório).

..... ...............Foto de Carlos Gomes quando jovem.

1859 - Viagem ao Rio de Janeiro e ingresso no Conservatório, onde estuda composição.

Acima tem-se a partitura da 1a. obra do maestro.


1860 - Apresentação, no Rio de Janeiro, de duas cantatas de sua autoria e início de sua projeção no cenário musical.

1861 - Composição da ópera "A Noite do Castelo", sobre argumento de Antonio José Fernandes dos Reis inspirado no poema homônimo de Antonio Feliciano de Castilho.

1863 - É levada em cena a ópera "Joana de Flandres", com Ilbreto de Salvador de Mendonça; como pensionista do governo brasileiro segue para Milão.

1870 - Na Itália, após se tornar conhecido com as revistas musicais "Se sa minga" e "Nella luna", estréia a 19 de março, no Teatro Scala de Milão, "Il Guarany", cujo entrecho literário de Antonio Scaivini e Carro d'Ormeville tivera como fundamento o romance "O Guarany" de José de Alencar. Grande consagração da ópera em várias capitais européias: Moscou, Roma, Copenhague, Lisboa.


Acima foto de Adelina Peri, italiana de Bolonha, esposa do maestro.

1871 - Substitui o simples "Preludio" que havia concebido para dar início a "Il Guarany" pela "Sinfonia", que passou à categoria de segundo hino nacional brasileiro.

1873 - Primeira apresentação, a 16 de fevereiro, no Seala de Milão, da ópera "Fosca", com argumento de Ghisianzoni, extraído do romance "La festa delle Marie" de Luigi Capranica. Êxito relativo se o compararmos ao de "Il Guarany".

1874 - Execução em 24 de março, no Teatro Felice de Genova, da ópera "Salvator Rosa", com libreto de Ghisianzoni, inspirado em romance de Engenio de Mirecourt que trata da insurreição de Masaniello, em Napoles. Triunfo completo da obra, que se tornou a predileta do público italiano.

1879 - No Teatro Scala de Milão, sobe em cena, na noite de 27 de março, a ópera "Maria Tudor", sobre entrecho literário de Em1io Praga, Zanardlni e Ferdinando Fontana, tendo por fundamento um drama de Victor Hugo. Insucesso inicial e grande êxito depois.
Homenagem ao maestro na Revista Ilustrada em 1880

1889 - Estréia no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, a 27 de setembro, da ópera "Lo Schiavo", sobre libreto do poeta Rodolfo Paravicini, com excerto de versos de Antonio Giganti, sugerido por Visconde de Taunay. Por desavenças com o libretista, que tivera ganho de causa nos tribunais, não pode ser apresentada em premiére para o povo italiano, como desejava o compositor.

1891 - Apresentação a 21 de fevereiro, no Teatro Scala de Milão, da ópera "Condor", depois chamada por ele mesmo de "Odaléa", a qual teve por libretista o poeta Mario Canti. Carlos Gomes aqui se renova, iniciando um roteiro estético bem diferente do das óperas anteriores.

1892 - Execução a 12 de outubro, no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, do oratório "Colombo", que o próprio compositor chamou de poema vocal-sinfônico, escrito para comemorar o quarto centenário do Descobrimento da América, com argumento de Albino Falanca.

Acima; última foto do maestro em vida, poucos dias antes de falecer.


A foto acima mostra o maestro morto em seu leito de morte.


1896 – Em 16 de setembro, morre de Antônio Carlos Gomes em Belém, no Estado do Pará. E cortejo fúnebre é acompanhado por 10.000 pessoas.


Em 24 de outubro de 1896 o enterro é feito no mausoléu da família Ferreira Penteado já em Campinas.

1905 – Em 02 de julho é inaugurado o monumento e túmulo ao grande artista Antônio Carlos Gomes; monumento este que passa a ser um dos marcos da cidade.


No Centro de Ciências Letras e Artes (CCLA) existe um museu com peças pertencentes ao maestro.


Tem-se no mapa abaixo os pontos principais de homenagem ao Maestro.
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27 de setembro de 2006

Curiosidades: 1901 - Inaugura-se o CCLA

CCLA é sigla do CENTRO DE CIÊNCIAS, LETRAS e ARTES.

A 31 de outubro de 1901 somos aquinhoados, fazendo jús, aliás, à tradição cultural de Campinas e ao berço campineiro tão fecundo, donde já saíram Carlos Gomes, Campos Salles, Francisco Glicério e tantos outros vultos, desta vez com a fundação de um Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA).

A sua frente, encontravam-se os nomes respeitáveis dos Srs. Coelho Neto e César Bierrenbach, além de outros. Baluarte de nossa grandeza e herança republicana, estamos certos que tal instituição muito veio contribuir para o desenvolvimento cultural da terra campineira. nos seus mais variados setores.

Alguns dos sonhadores aparecem na foto acima, sendo da esquerda para a direita.

Em pé: João Nogueira Ferraz, João César Bueno Bierrenbach e Souza Brito.
Sentados: Henrique de Barcelos, José de Campos Novaes, Ângelo Jachynto Simões e Carlos Edmundo Amálio da Silva.

Fundado por um grupo de cientistas, artistas e intelectuais, vinculados quase todos, na época, ao Colégio Culto à Ciência ou ao Instituto Agronômico, comprova o pioneirismo de Campinas em ideais científicos, republicanos e o amor às tradições históricas, objetivos marcantes defendidos ao longo dos anos.

Antiga sede do CCLA

A criação de uma biblioteca própria para a entidade foi uma idéia, que surgiu logo no início de sua existência, e o prestígio intelectual de seus fundadores e membros das diretorias sucessivas só fez crescer, em quantidade e qualidade o acervo, que atinge hoie mais ou menos cem mil volumes entre livros, revistas, jornais, boletins, teses, separatas, folhetos, voltados basicamente para asáreas de Literatura e Ciências Humanas.


Interior da antiga sede do CCLA

Maria Luiza Pinto de Moura, falecida em 2004, teve uma vida dedicada à memória da cidade e aos livros. Este é o melhor resumo, se é que isso é possível, da bela trajetória de Maria Luiza em nosso planeta. Em cinco décadas, ela cuidou, com carinho e enorme competência, da biblioteca do Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA), uma das glórias do Brasil. Dezenas, ou talvez centenas, de teses de doutorado e mestrado foram elaboradas a partir de sua contribuição – a busca incansável das imprescindíveis fontes.

Sede atual do CCLA

Para comemorar os 100 anos de fundação do Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA) foi lançado em 2002 o livro Centro de Ciências, Letras e Artes – Ano 101, que contém um histórico do tempo de existência, entrevistas com personalidades e uma amostragem do acervo. O objetivo do livro é mostrar para comunidade a importância histórica e cultural da entidade para a cidade e o país. O livro teve o apoio cultural da Petrobras e foi escrito por Luiz Carlos R. Borges e Gustavo Osmar Mazzola.


O sonho; projeto da futura sede

26 de setembro de 2006

Curiosidades: 1895 - Jardim Carlos Gomes; quem diria foi o Largo do Lixo

Acredite! O atual Jardim Carlos Gomes, até fins do século XIX, era conhecido como o Largo do Lixo, pois ali se acumulavam os detritos recolhidos das residências campineiras. A foto aqui mostra o local em 1895; vendo-se ao fundo a torre da Matriz Catedral.

25 de setembro de 2006

Curiosidades: 1896 - Iluminação a gás

Em 28 de maio de 1896 é inaugurado no bairro da Guanabara o primeiro sistema de iluminação a gás.

24 de setembro de 2006

Curiosidades: Ruas e Praças - Nomes de ontem e hoje

Sugestivo sem dúvida, quando se compara os nomes de ruas e praças atuais com os antigos.

Pode-se ter uma idéia de como a nomenclatura definia, sempre muito bem a rua ou a praça indicando sempre alguma particularidade que a caracterizava.

Eis alguns destes nomes:
Ontem >Hoje
Rua da Pinga > Rua Santa Cruz
Rua do Cambuisal > Rua Augusto Cezar > encampada pela Av. Júlio de Mesquita
Rua da Formiga > Rua Antonio Cezarino
Rua da Boa Vista > Rua Padre Vieira
Rua do Chafariz > Rua do Mercado > Rua Boaventura do Amaral
Rua do Brejo > Rua Irmã Serafina
Rua de Baixo > Rua Luzitana
Rua do Meio > Rua Dr. Quirino
Rua de Cima > Rua Barão de Jaguara
Rua do Rosário > Av. Francisco Glicério
Rua da Matriz Nova > Rua Regente Feijó
Rua das Flôres > Rua José Paulino
Rua do Teatro > Rua José de Alencar
Rua Deserta > Rua Alvares Machado
Rua Alegre > Av. Senador Saraiva
Rua de São João > Rua Visconde do Rio Branco
Rua do Matadouro > Rua Saldanha Marinho
Rua do Campo > Av. Andrade Neves
Rua da Ponte > Rua Major Solon
Rua do Alecrim > Rua 14 de Dezembro
Rua do Picador > Rua do Imperador > Rua Marechal Deodoro
Rua da Matriz Velha > Rua Barreto Leme
Rua do Caracol > Rua Benjamin Constant
Rua da Cadeia > Rua Bernardino de Campos
Rua das Casinhas > Rua General Osório
Rua do Bom Jesus > Av. Campos Sales
Travessa ou Rua do Góis > Rua Cesar Bierrenbach
Rua de São José > Rua 13 de Maio
Rua da Constituição > Rua Costa Aguiar
Rua do Pórtico > Rua Ferreira Penteado
Rua das Campinas Velhas > Av. Moraes Sales
Rua do Tanque > Rua Duque de Caxias
Praça do Comércio > Largo de S. Cruz
Campo da Alegria > Largo São Benedito
Praça da Independência > Largo do Tanquinho > Largo do Pará
Largo do Lixo > Praça Carlos Gomes
Praça do Passeio > Praça Carlos Gomes
Campo do Chafariz > Praça Correia de Melo
Praça da Matriz Nova > Praça José Bonifácio
Largo da Matriz Velha > Praça Bento Quirino
Páteo do Rosario > Praça Visconde de Indaiatuba
Largo do Pelourinho > Largo das Andorinhas
Largo do Capim > Praça Antônio Pompeo
Rua do Colégio > Rua Culto à Ciência
Rua Formosa > Rua Conceição
Largo Municipal > Praça Imprensa Fluminense (Centro de Convivência)
Rua Rio Branco > Rua Jorge Krug
Rua da Constituição > Rua Costa Aguiar
Largo de Santa Cruz > Praça 15 de Novembro
Rua 24 de Maio > Rua Cônego Scipião
Rua da Boa Morte > Rua Antônio Cesarino
Largo do Teatro > Praça Rui Barbosa
Beco do Inferno > Travessa São Vicente de Paulo
Rua 28 de Setembro > Rua Cônego Neri
Rua 24 de Fevereiro > Rua Álvaro Ribeiro

23 de setembro de 2006

Curiosidades: O primeiro sobrado construído de taipa

O primeiro sobrado construído de taipa (parede que utiliza barro amassado para preencher os espaços criados por uma espécie de gradeamento de paus, varas, bambus, caules de arbustos etc.), foi pelo cidadão ituano Pedro Gonçalves Meira, radicado em Campinas, desde o século XVIII. Nesse prédio, durante muitos anos, esteve estabelecida a firma Cristofani & Irmão, como se pode notar na fachada do prédio, em foto de 1890, na esquina das ruas General Osório e Barão de Jaguara, o prédio já não existe mais em sua construção original. Na foto ao lado esquerdo pode-se parte do Largo do Rosário.

22 de setembro de 2006

Memória Fotográfica: Mercado das Hortaliças x Casa das Andorinhas

Veja a seqüência de fotos do Mercado das Hortaliças inaugurado em 1895; que depois de desativado, pela inauguração do Mercado Central em 1906 no antigo prédio da Estação Funilense; passou a ser reduto de andorinhas e ficou conhecido na época como Casa das Andorinhas.

Tem-se à época de sua inauguração tendo a sua frente a Praça da Liberdade, ao fundo podendo-se ver a torre da Matriz Catedral.


Nesta foto nota-se o intenso movimento de chacareiros com suas carroças.


Nesta foto de 1910 nota-se que seu movimento já não havia mais.


Nesta foto de 1928; a Casa das Andorinhas localizava-se na atual Av. Anchieta, onde hoje encontra-se o Monumento ao Bi-Centenário de Campinas. Esta casa levou este nome por causa das andorinhas que lá buscavam abrigo virando símbolo da cidade (Cidade das Andorinhas) . Tal edifício depois que abandonado pelas andorinhas foi demolido em 1956.


Ainda em foto de 1928 vê-se nela a Casa da Andorinhas, sua lateral, em frente a Escola Normal Carlos Gomes, escola esta em atividades nos tempos atuais.

21 de setembro de 2006

Memória Fotográfica: 1898 - Uma vista para os lados do Cambuí

Em 1898 esta é visão que se tinha de cima da Igreja Catedral, vendo-se em sua grande extensão a rua Conceição que por esta época ainda era conhecida também como rua Formosa, isto pela beleza de seus arredores e por ter trocado de nome a bem pouco tempo.

20 de setembro de 2006

Personagem: Leopoldo Amaral

Leopoldo Amaral

Historiador e jornalista. Nasceu em Campinas em 20 de dezembro de 1856. Escreveu centenas de artigos, crônicas para jornais. Autor de "A cidade de Campinas em 1900" coletânea de informações gerais, 375 páginas, editado pela Casa Livro Azul de Campinas, 1899; "Carlos Gomes e Sua primeira ópera", Campinas, 1922; "Campinas Recordações" 529 páginas, oficinas gráficas de "O Estado de São 'Paulo"- São Paulo- 1927. Faleceu em 31 de maio de 1938.

19 de setembro de 2006

Curiosidades: Início da imprensa em Campinas


João Teodoro.............. Francisco Teodoro

Foi no ano de 1832, na então Vila de São Carlos, que Hércules Florence (sim ele mesmo; um dos inventores da fotografia e que deu o nome de fotografia, para arte de fixação de imagens), deu início à montagem de sua tipografia ou “autografia”. Vinte e seis anos mais tarde dois irmãos, de procedência modesta, adquiriram por compra a oficina tipográfica de Hércules Florence. Eram eles João e Francisco Teodoro de Siqueira e Silva. Assim surgia "Aurora Campineira", primeiro jornal local, em 04 de abril de 1858, tablóide de 4 páginas, tamanho ofício, e tinha em João Teodoro de Siqueira e Silva o seu primeiro profissional jornalista; chegando a ter 120 assinantes. Em 10 de janeiro de 1860 passou a se chamar “O Conservador” e encerrou suas atividades em 11 de novembro de 1860.

Em 31 de outubro de 1869 alguns rapazes mais imbuido de sonhos literários, criaram o bi-semanário “Gazeta de Campinas”; iniciativa do poeta e advogado Francisco Quirino dos Santos.

Em 19 de setembro de 1875 inauguraram o "Diário de Campinas" dando seqüência na evolução da imprensa escrita em Campinas.

18 de setembro de 2006

Curiosidades: 1879 - Bondes com tração animal

Em 25 de setembro de 1879 é iniciado o serviço de transporte de passageiros por bondes puxados a burro em Campinas isto pela Companhia Campineira de Carris de Ferro. As duas linhas iniciais eram a Gasômetro-Estrada de Ferro e Gasômetro-Jardim Público.

17 de setembro de 2006

Curiosidades: 1898 - Primeiro Estabelecimento Comercial a possuir Luz Elétrica

Por esta ocasião, adquiriu um “Dynamo”, com força de 20 ampéres e substituiu toda a iluminação a gás por luz elétrica. Desta forma, a CASA AO LIVRO AZUL (propriedade de Antonio Benedicto de Castro Mendes) e que esteve presente na Rua Barão de Jaguara de 1876 a 1958; foi o primeiro estabelecimento comercial a possuir luz elétrica em Campinas.

16 de setembro de 2006

Curiosidades: 1897 – Vamos ao Cinema?

Dois anos depois que os irmãos Lumiere anunciaram o cinematógrafo na Europa (1895), o aparelho foi exibido em Campinas (1897). E em 1899, um salão de cinema instalado na rua General Osório começava a exibir regularmente sessões as 19 horas, organizadas por Nicola Maria Parente. Documentários de cidades européias e cenas do cotidiano eram conteúdo das primeiras exibições no cine-teatro Rink.

15 de setembro de 2006

Memória Fotográfica: Chafarizes

Foto tirada em 1901; no largo do Teatro São Carlos, à esquerda o chafariz ali colocado em 1873, com a água captada na vertente do Tanquinho (Largo do Pará).


Foto tirada em 1905, vendo-se o Largo Carlos Gomes com o chafariz ali inaugurado em dezembro de 1882 e à direita, no meio da rua Irmã Serafina, o bebedouro de animais que também fornecia água para uso doméstico.


Foto tirada em 1913 do chafariz do Largo Carlos Gomes, feito em alvenaria, tinha ao centro um nicho com artístico jarrão ornamental, e aos lados, dois golfinhos de belo efeito decorativo. Os canos de jorros achavam-se em nível abaixo do solo, vertendo água com fartura e muito aproveitada pelas lavadeiras que estendiam suas roupas pelo capinzal que cobria a grande praça ajardinada.


Foto tirada em 1959, quando ainda era usado pelos animais. Único chafariz existente ainda dos acima mostrados. Este chafariz tem história pois foi criado para dar apoio em 1889 quando da epidemia de Febre Amarela.

14 de setembro de 2006

Curiosidades: 1890 – Tem-se 29 colégios

Acima o primeiro grupo escolar de Campinas; o Grupo Escolar Francisco Glicério, fica localizado na Av. Moraes Sales e ainda está em atividade nesta data.


Em 1890; Campinas, com 44 mil habitantes, tem este retrato: 29 colégios, 2 teatros, 2 bibliotecas públicas, 1 orquestra, 2 bandas, 17 hotéis e restaurantes e 575 estabelecimentos comerciais.

13 de setembro de 2006

Curiosidades: 1878 – Telefone para Você

Dois anos depois que Graham Bell patenteou o telefone (1876) - que havia sido inventado pelo italiano Antonio Meucci em 1856 - promovia-se em Campinas uma demonstração do aparelho. E, seis anos depois (1884), a Empresa Campineira de Telefones obtinha permissão para o assentamento de linhas e a abertura do registro de assinantes.

Exemplo do telefone usado na época.

11 de setembro de 2006

Memória Fotográfica: 1890 - Uma vista acima da Igreja Catedral

Uma vista de cima da Igreja Catedral, vendo-se logo abaixo o Teatro São Carlos (demolido em 1922) e no horizonte ao fundo a estação ferroviária. Um detalhe importante; veja ao lado direito da igreja, a colocação de algum material para melhorar a passagem das carroças e troles na via pública.

10 de setembro de 2006

Curiosidades: Intendentes e Prefeitos


Esta é lista dos governantes que Campinas teve.

INTENDENTES
1892 a 1894 - Antonio Alvares Lobo, Antonio Carlos do Amaral Lapa e José Maximiano Pereira Bueno
1895 - Antonio Alvarez Lobo
1896 - Manoel de Assis Vieira Bueno
1897 - Joaquim Ulysses Sarmento
1898 - Antonio Campos Salles
1899 a 1901 - Manoel de Assis Vieira Bueno
1902 - Antonio Alvares Lobo (de janeiro a setembro)
1902 - João B. de Barros Aranha (setembro a dezembro)
1903 a 1904 - Antonio Alvares Lobo (até abril)
1904 - Orosimbo Maia (de maio a julho)
1904 - João de Paula Castro (de agosto a dezembro)
1905 a 1906 - Francisco de Araújo Mascarenhas
1906 - Arthur Leite de Barros
1906 a 1908 - Francisco de Araújo Mascarenhas (até janeiro)

PREFEITOS
1908 a 1910 - Orosimbo Maia (primeiro prefeito eleito pelo voto popular)
1911 a 1920 - Heitor Teixeira Penteado
1920 a 1921 - Raphael de Andrade Duarte
1922 - Miguel de Barros Penteado (de janeiro a setembro)
1922 - Raphael de Andrade Duarte (de outubro a dezembro)
1923 a 1925 - Miguel de Barros Penteado
1926 - Celso da Silveira Rezende (de janeiro a março)
1926 a 1930 - Orosimbo Maia (de abril a novembro)
1930 a 1931 - José Pires Neto (até março)
1931 a 1932 - Orosimbo Maia (até setembro)
1932 a 1933 - Alberto de Cerque ira Lima
1934 - Perseu Leite de Barros (até setembro)
1934 a 1936 - José Pires Neto (até maio)
1936 a 1938 - JoãoAlvesdos Santos (entre junho e julho)
1938 a 1941 - Dr. Euclydes Vieira (até julho)
1941 a 1943 - Lafayette Álvaro de Souza Carnargo (até julho)
1943 a 1945 - Perseu Leite de Barros (até maio)
1945 - Dr. Euclydes Vieira (de julho a outubro)
1945 a 1946 - Joaquim de Castro Tibiricá
1947 - Admar Maia (durante o mês de janeiro)
1947 - Luiz de Tella (fevereiro a março)
1947 - Manoel Alexandre Marcondes Machado (até dezembro)
1948 a 1951 - Miguel ViGente Cury
1951 - Arlindo Joaquim de Lemos Jr. (de maio a dezembro)
1952 a 1955 - Antonio Mendonça de Barros
1956 a 1959 - Ruy Hellmeister Novaes (até janeiro)
1959 - José Nicolau Ludgero Maselli (até dezembro)
1960 a 1963 - Miguel Vicente Cury
1964 a 1969 - Ruy Hellmeister Novaes (até janeiro)
1969 a 1972 - Orestes Quércia
1973 a 1976 - Lauro Péricles Gonçalves
1977 a 1982 - Francisco Amaral
1982 - José Nassif Mokarzel (de maio a dezembro)
1983 a 1988 - José Roberto de Magalhães Teixeira
1989 a 1992 - Jacó Bittar
1993 a 1996 - José Roberto de Magalhães Teixeira (faleceu em fevereiro de 1996)
1996 - Edvaldo Orsi (completou o mandato)
1997 a 2001 - Francisco Amaral
2001 - Antonio da Costa Santos (até 10 setembro, quando foi assassinado com 1 tiro quando voltava de um shopping para sua residência). A publicação desta lista nesta data é uma homenagem que faço ao mesmo; pois além de ter sido arquiteto também foi um historiador sobre Campinas.
2001 a 2004 - Izalene Tiene (completou o mandato)
2005 a 2008 - Hélio de Oliveira Santos

9 de setembro de 2006

Curiosidades: 1872 - Nos Trilhos a Maria-Fumaça

Inaugura-se a linha Campinas-Jundiaí, da Companhia Paulista de Estrada de Ferro. No mesmo ano começa a operar a Companhia Mogyana.

8 de setembro de 2006

Curiosidades: 1869 – Diligências para Jundiaí

Agradável viagem já pode ser feita de Campinas a Jundiaí através de moderno serviço de diligências inaugurado por uma empresa. Já os passageiros com destino a Itu e outras cidades da região passam a contar com pontual serviço de troles. As viagens em diligências e troles passam a ser meios de transportes populares.

7 de setembro de 2006

Curiosidades: 1868 – Primeiras Indústrias

Começam a funcionar na cidade a partir deste ano ser meios de transportes as primeiras indústrias. A Lidgerwood e a MacHardy, respectivamente em 1868 e 1875, já oferecem serviços de importação e produção de máquinas agrícolas.

6 de setembro de 2006

Curiosidades: 1864 - Proibido Lixo na Rua

O Código de Posturas da Câmara Municipal, entre outras leis, prevê multas a quem colocar na rua "algo que prejudique o livre uso ou asseio da população".

5 de setembro de 2006

Curiosidades: 1852 - Oferece-se Emprego

Já que filhos e agregados dos grandes fazendeiros não trabalhavam, a mão-de-obra escrava passou a ser reforçada mão-de-obra branca e remunerada de estrangeiros. O primeiro patrão foi o Visconde de Indaiatuba. Em 1852 ele organizou uma colônia de trabaIhadores alemães e tiroleses.

4 de setembro de 2006

Curiosidades: 1838 - Piano, o requinte

Em 1838, o comerciante José Mendes Ferraz inicia as primeiras importações de piano, futuro símbolo de requinte e arte nas salas das famílias endinheiradas da lavoura, do comércio e da indústria nascente.

Em 1930, contavam-se na cidade cerca de 900 pianos importados pela Casa Livro Azul, na rua Barão de Jaguara. E a cidade produziria para salões paulistanos, do Rio e Europa, as pianistas Ophelia Nascimento e Estelinha Epstein.

3 de setembro de 2006

Memória Fotográfica: 1890 - Um olhar de 180 graus no Largo do Rosário

Olhando da 1a. para a 3a. foto, você pode dar um giro de 180 graus no Largo do Rosário, na verdade Praça Visconde de Indaiatuba.

Nesta foto, você está na da calçada da Rua Barão de Jaguara e está olhando para a Av. Campos Sales.

Nesta foto, você continua na calçada do Rua Barão de Jaguara e está olhando diretamente para a Av. Francisco Glicério.


Nesta foto, você continua na calçada da Rua Barão de Jaguara e está olhando para Rua General Osório. E assim você completou um olhar de 180 graus nos idos de 1890, na bucólica Campinas.

1 de setembro de 2006

Curiosidades: 1889 - Epidemia de Febre Amarela


Acima atestado de óbito de Rosa Beck, com 24 anos e nascida na Suiça, sendo o primeiro caso fatal; vindo da cidade de Santos para Campinas.

A febre amarela seguia a vaga imigratória Brasil adentro, contrariando a noção de que era uma doença somente das planícies litorâneas, quentes e úmidas. Em 1889, a vacina antiamarílica “inventada” por Domingos Freire, catedrático de química orgânica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, chegou a Vassouras, Pombal, Macaé, Niterói e Resende, na província do Rio de Janeiro; Juiz de Fora e Serraria, em Minas Gerais; Desengano, no Espírito Santo; e ainda a duas cidades paulistas, Santos e Campinas. Nesta, pela primeira vez vitimada pela febre amarela, 651 pessoas foram inoculadas pelo dr. Angelo Simões. O próprio Freire esteve com uma delegação do Rio de Janeiro naquele próspero centro cafeeiro. Foram homenageados com um banquete republicano, em junho de 1889.

Durante a epidemia, quase não restaram médicos para atender à população: os que não morreram (dr. Costa Aguiar foi um que pereceu), fugiram em pânico do contágio, juntamente com os moradores mais abastados. As autoridades foram obrigadas a trazer de outras cidades médicos dispostos a enfrentar a crise. Adolpho Lutz foi um deles, mas permaneceu em Campinas apenas dois meses, abril e maio, quando a epidemia estava no auge. Em julho, embarcou com destino ao Havaí, fazendo escala em Hamburgo. Os biógrafos são ambíguos e anacrônicos no tocante à precoce correlação entre febre amarela e mosquitos supostamente estabelecida por ele então. Segundo Bertha Lutz, seu pai teria verificado que a doença alastrava-se pelas cidades que margeavam a estrada de ferro, fato que teria correlacionado mais tarde com a teoria culicidiana. Nas Reminiscências sobre a febre amarela publicadas por Lutz em 1930, ele observa que o transporte de mosquitos infectados pela estrada de ferro esclarecia o aparecimento de vários casos esporádicos e isolados de febre amarela em funcionários do correio e da ferrovia e em pessoas que nunca tinham visitado Campinas. Nas Reminiscências Lutz recorda que durante o tempo em que esteve nessa cidade usou o mosquiteiro desde o anoitecer e sempre que se recolhia ao hotel durante o dia, o que não o impediu de ser picado diversas vezes.


Para Lutz, 1889 foi o “ano mais infausto” na história moderna da febre amarela no Brasil. Durante os três meses de verão quase não choveu e a temperatura subiu mais que nos anos anteriores. A doença surgiu em Santos e em Campinas. Na primeira cidade, após dez anos sem ocorrência de casos, a epidemia foi muito forte. Em Campinas, seu desenvolvimento foi rápido, chegando a quarenta óbitos por dia. Avaliou-se que três quartos da população, estimada em vinte mil habitantes, deixaram a cidade. Muitas pessoas que regressaram antes do tempo contraíram a moléstia. Houve cerca de dois mil óbitos, incluindo os que faleceram em outros lugares. Em Campinas tem-se um número aproximadamentre de 1200 vítimas; sendo 816 homens, 285 mulheres e 99 crianças.